Economia

EUA compram 31% dos serviços brasileiros

O governo identificou, por exemplo, que os turistas americanos gastam mais com hospedagem do que outras nacionalidades


	Bandeira dos EUA: 38,22% de todos os serviços contratados pelo Brasil lá fora são de empresas norte-americanas
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Bandeira dos EUA: 38,22% de todos os serviços contratados pelo Brasil lá fora são de empresas norte-americanas (David Paul Morris/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 15h07.

Brasília - Os Estados Unidos são os maiores compradores de serviços do Brasil. O país adquiriu 31,11% de tudo que foi vendido por empresas nacionais neste ano, até 31 de outubro.

Por outro lado, 38,22% de todos os serviços contratados pelo Brasil lá fora são de empresas norte-americanas.

Os números fazem parte dos primeiros dados produzidos pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços (Siscoserv) e que foram antecipados ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, pelo diretor do Departamento de Políticas de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Maurício do Val.

O governo identificou, por exemplo, que os turistas americanos gastam mais com hospedagem do que outras nacionalidades. Eles são responsáveis por 36,97% dos gastos com estadia feitos por turistas estrangeiros. "Os Estados Unidos têm peso maior em termo de valor faturado", explicou o diretor.

Em segundo lugar, vêm os argentinos, com 8,27%. Ele destaca, no entanto, que a estatística é gerada principalmente pelos hotéis de rede, porque empresas incluídas no Simples, como pousadas, não são obrigadas a fazer o registro.

Os EUA também compraram 40,69% dos serviços jurídicos prestados pelo Brasil no exterior. A Alemanha vem na sequência com apenas 7,53%.

Os americanos representam 48,16% das exportações de serviços de manutenção e reparação de máquinas e aeronaves. Os dados mostram também que o estado de São Paulo é o principal comprador e o maior exportador de serviço, com quase 60% das operações.

Os dados parciais estão sendo utilizados pelo governo para balizar políticas públicas. Junto com o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Apex-Brasil, o MDIC tem reunido representantes dos setores mais representativos na balança de serviços para discutir a baixa utilização dos mecanismos oficiais de apoio.

É pequena a procura pelas linhas de financiamento do Programa de Financiamento à Exportação (Proex) e de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e do BNDES-Exim. O governo quer entender o motivo da baixa procura e deve promover adaptações nestas linhas para melhorar a utilização destes recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Brasil-EUAEstados Unidos (EUA)Países ricosServiços diversos

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética