Economia

EUA amanhecem com parte do governo fechada

Pela primeira vez em 17 anos, os EUA amanhecem com a paralisação de parte da atividade pública federal

Vista geral da Casa Branca: paralisação obrigará 800 mil funcionários a ficar em casa (Yuri Gripas/Reuters)

Vista geral da Casa Branca: paralisação obrigará 800 mil funcionários a ficar em casa (Yuri Gripas/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 10h34.

Washington - Os Estados Unidos amanheceram nesta terça-feira com a paralisação de parte da atividade pública federal pela primeira vez em 17 anos, uma situação que obrigará 800.000 funcionários a ficar em casa e que não deverá se resolver rápido em função da polarização política no Congresso.

Hoje começa o novo ano fiscal e o Congresso foi incapaz de aprovar os fundos necessários para que a administração siga funcionando, fundamentalmente pelo empenho da ala mais conservadora dos republicanos em vincular o financiamento à derrubada da reforma da saúde, uma das maiores conquistas do presidente Barack Obama.

Além dos 800.000 funcionários que ficarão em casa, um milhão de empregados públicos trabalharão sem receber enquanto durar o fechamento da administração.

O governo federal é o principal empregador do país, com mais de dois milhões de civis assalariados e 1,4 milhão de militares na ativa.

Os militares, no entanto, continuarão recebendo apesar do fechamento graças a uma medida aprovada ontem à noite por ambas as câmaras do Congresso e assinada por Obama.

Em Washington, os museus da rede Smithsonian e o zoológico nacional amanheceram fechados e pediram desculpas aos cidadãos pelos "transtornos".


A capital e sua área metropolitana, onde se concentra a maioria das atividades do governo, poderiam perder até US$ 200 milhões por dia durante a paralisação.

A divulgação de dados econômicos será interrompida e os parques nacionais fecharão suas portas, mas os serviços básicos, como correios, controle do tráfego aéreo, pagamento de pensões e atividades policiais e de segurança continuarão funcionando.

O último fechamento parcial do governo aconteceu em janeiro de 1996 e durou 21 dias. De acordo com uma pesquisa da Universidade Quinnipiac divulgada hoje, 72% dos eleitores americanos rejeitam o fechamento do governo como tentativa de bloquear a reforma da saúde promulgada em 2010.

Além disso, 74% dos eleitores desaprovam o trabalho dos republicanos no Congresso, pior avaliação registrada desde que a enquete começou a ser elaborada.

Os americanos "rejeitam decididamente" o argumento dos republicanos de que a reforma da saúde de Obama "é tão ruim que vale a pena fechar o governo para impedi-la", explicou Peter Brown, diretor-adjunto do instituto de pesquisas de Qunnipiac.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Orçamento federalPaíses ricosPersonalidadesPolíticosSaúdeServidores públicos

Mais de Economia

Com mais renda, brasileiro planeja gastar 34% a mais nas férias nesse verão

Participação do e-commerce tende a se expandir no longo prazo

Dívida pública federal cresce 1,85% em novembro e chega a R$ 7,2 trilhões

China lidera mercado logístico global pelo nono ano consecutivo