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Estrangeiro pode ter cota na privatização da Eletrobras

Para evitar que a estatal fique concentrada na mão de estrangeiros, um dos temas estudados é o de criar uma cota para a aquisição de parte da empresa

Eletrobras: o governo pretender dar à estatal o direito de ficar com as usinas (Nadia Sussman/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 10h47.

Pequim - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reforçou ontem que a intenção do governo ao privatizar a Eletrobras é a de manter as ações da companhia de forma pulverizada.

Para evitar que a estatal fique concentrada na mão de estrangeiros, um dos temas estudados pelo governo atualmente é o de criar uma cota para a aquisição de parte da empresa.

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"Estamos pensando em limitar com um porcentual de participação máxima", disse ao Broadcast o ministro. O formato final de como será a operação deverá ser conhecido até, no máximo, dia 20, de acordo com ele.

Coelho Filho esteve em Pequim até a noite de ontem, onde participou de eventos ligados a um road show promovido pelo governo brasileiro para atrair investimentos chineses para o País.

Ele negou que o governo estaria entregando a Eletrobras "de bandeja" para os chineses. Esse movimento todo em torno da estatal, segundo ele, é justamente para não entregar a operação diretamente para um país específico.

"Se pegarmos as usinas que estão cotizadas e levarmos a leilão, quem vai ficar com elas certamente será um grupo estrangeiro, mas se a Eletrobrás ficar com elas, e é para isso que estamos trabalhando, os estrangeiros podem até ter um pedaço da empresa, mas o governo vai ser um dos grandes acionistas. A movimentação é para proteger do capital estrangeiro", disse.

O governo pretender dar à estatal o direito de ficar com as usinas. Para exercer o direito, terá de pagar ao governo uma outorga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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