Economia

Estoque total de crédito sobe 0,4% em junho ante maio, afirma BC

Em 12 meses, houve contração de 1,6% e, no acumulado deste ano, queda de 0,9% no estoque

BC: também informou que o total de operações de crédito em relação ao PIB recuou ligeiramente (Ueslei Marcelino/Reuters)

BC: também informou que o total de operações de crédito em relação ao PIB recuou ligeiramente (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2017 às 13h39.

Brasília - O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,4% em junho ante maio, para R$ 3,078 trilhões, informou nesta quinta-feira, 27 o Banco Central. Em junho de 2016, o estoque de operações de financiamento estava em R$ 3,129 trilhões. Em 12 meses, houve contração de 1,6% e, no acumulado deste ano, queda de 0,9% no estoque.

Houve elevação de 0,3% no estoque de operações para pessoas jurídicas em junho ante maio, queda de 4% no ano e recuo de 7,3% em 12 meses. No caso de pessoas físicas, os dados mostraram avanço de 0,5% no saldo em junho, alta de 2,2% no ano e avanço de 4,3% em 12 meses.

De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre avançou 0,6% no mês, caiu 1,6% no acumulado do ano e recuou 2,4% em 12 meses. Já no caso do direcionado, cresceu 0,2% em junho, caiu 0,2% no ano e teve baixa de 0,9% em 12 meses.

No crédito livre, houve alta no saldo de 0,5% para pessoas físicas no mês, alta de 1,2% no ano e avanço de 2,4% no acumulado de 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve expansão de 0,8% em junho, recuo de 4,5% no ano e baixa de 7,3% em 12 meses.

PIB

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) recuou ligeiramente, de 48,6% em maio para 48,5% em junho. Em junho de 2016, estava em 51,1%.

Habitação

O estoque de operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,6% em junho ante maio, totalizando R$ 551,498 bilhões. De acordo com o Banco Central, R$ 65,565 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 485,933 bilhões a taxas reguladas.

No ano até junho, o saldo das operações de crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 3,2% e, em 12 meses, avançou 6,7%.

As operações a taxas de mercado caíram 0,8% em junho, cederam 3,6% no ano e tiveram baixa de 3% no acumulado de 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 0,8% no mês, 4,2% em 2017 e 8,2% em 12 meses.

Já a média diária de concessões de crédito livre subiu 7,0% em junho ante maio, para R$ 12,4 bilhões, informou o Banco Central. No crédito direcionado, a média avançou 27,6%, para R$ 1,6 bilhão. Em junho de 2016, a média era de R$ 11,2 bilhões no caso de recursos livres e de R$ 1,7 bilhão no de direcionado.

No acumulado do ano até junho, a alta é de 0,9% para os recursos livres e o recuo é de 7,1% para o financiamento direcionado. Nos 12 meses encerrados em abril, as taxas são de, respectivamente, -2,6% e -14,6%.

Quando se soma o crédito livre e o direcionado, a alta das concessões médias foi de 9,0% em junho ante maio, num total de R$ 14,0 bilhões. A média diária em junho de 2016 era de R$ 12,9 bilhões. No acumulado de 2017, a alta é de 0,1% e, em 12 meses até junho, o recuo é de 4,0%.

Cartão de crédito

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 0,4 ponto porcentual de maio para junho, informou o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 377,9% em maio (dado revisado ante os 363,3% anteriores) para 378,3% ao ano em junho. O avanço da taxa do rotativo ocorreu a despeito das novas regras de migração da modalidade, que começaram em abril.

O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 258,5% (dado revisado ante os 247,5% anteriores) para 230,4% ao ano de maio para junho.

Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura. Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 453,9% (dado revisado ante os 445,1% anteriores) para 460,7% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro caiu 1,8 ponto porcentual de maio para junho, passando de 159,6% para 157,8% ao ano.

Em abril, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCartões de créditoHabitação no BrasilPIB

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor