Economia

Estabilização do câmbio contribui com exportações, diz MDIC

O aumento, no entanto, também se deve ao fato de que, em fevereiro de 2015, as exportações tiveram um desempenho muito ruim, o pior desde 2009


	Dólares: "o câmbio mudou de patamar e está se estabilizando e isso se reflete nas exportações"
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Dólares: "o câmbio mudou de patamar e está se estabilizando e isso se reflete nas exportações" (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 17h59.

Brasília - As exportações voltaram a crescer em fevereiro, puxadas pela venda maior de industrializados e o embarque antecipado de produtos como soja e milho.

De acordo com o diretor do Departamento de Estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão, a estabilização do câmbio é um dos fatores que contribuíram para o aumento.

"O crescimento dos industrializados foi uma grata surpresa. O câmbio mudou de patamar e está se estabilizando e isso se reflete nas exportações", explicou. Em fevereiro, as exportações aumentaram 4,6% em relação ao mesmo mês de 2015, na comparação pela média diária. Houve alta em produtos como veículos, açúcar e celulose.

O aumento, no entanto, também se deve ao fato de que, em fevereiro de 2015, as exportações tiveram um desempenho muito ruim, o pior desde 2009.

Neste ano, os preços dos produtos vendidos ao exterior continuam em queda (19%), mas houve aumento de 30,7% nas quantidades embarcadas.

A venda de produtos industrializados aumentou 9,6% em fevereiro. Brandão destacou o crescimento de 85,5% nos veículos vendidos, influenciado pelas vendas para o México e Argentina.

As exportações de carros e ônibus somaram US$ 604 milhões no mês passado, aumento de 52,1%.

"Houve a renovação do acordo automotivo com os países e o setor também vem sendo favorecido pelo câmbio, o produto brasileiro ficou mais competitivo", completou.

A expectativa do ministério é que as exportações cresçam em 2016, mas não há uma meta numérica para essa alta.

O governo projeta um saldo de R$ 35 bilhões na balança comercial neste ano - até fevereiro, o superávit acumulado é de US$ 3,965 bilhões.

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