Exame Logo

Espanha teve déficit público abaixo de 7% em 2012

Rajoy explicou que alcançou tal feito graças ao aumento da receita e à redução de gasto público

Mariano Rajoy: "o número de redução teve que ser maior, mas o compromisso foi cumprido", disse  (REUTERS/Susana Vera)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 10h01.

Madri - A Espanha teve um déficit público em 2012 abaixo de 7% do PIB, frente aos 6,3% comprometidos com a Comissão Europeia, anunciou nesta quarta-feira o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.

O chefe do Executivo detalhou que a redução do déficit público superou os 21 bilhões de euro (2,1% do PIB aproximadamente), acima dos 16,5 bilhões que tinha se comprometido no debate de posse em dezembro de 2011.

Dado que em 2011 o déficit das administrações públicas foi de 8,9%, o de 2012 seria de entorno de 6,9%.

Ao número divulgado por Rajoy, é preciso somar um ponto percentual pelas ajudas diretas recebidas pelos bancos, um valor que não conta para o procedimento europeu de déficit excessivo.

"O número de redução teve que ser maior, mas o compromisso foi cumprido", disse o chefe do Executivo, que explicou que alcançou tal feito graças ao aumento da receita e à redução de gasto público, apesar do aumento das prestações por desemprego.

Em seu primeiro discurso sobre o Estado da Nação, Rajoy destacou a ajuda europeia de 40 bilhões para os bancos espanhóis porque graças a ela - explicou - foram estabelecidas as bases de um sistema financeiro viável, solvente e transparente.


"Quando alguém fala da UE como a "madrasta" que coloca ajustes, convém lembrar que a Espanha recebeu um empréstimo de 40 bilhões a 0,5% a dez anos e com período de carência", assinalou.

Rajoy também destacou a "inapreciável" ajuda emprestada pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu em todo o processo de reestruturação financeira.

Sobre a reforma deste setor, considerou que "demorou muito para ser feita", porque embora começou há anos, foi realizada com "passos débeis, curtos, e erráticos às vezes".

O chefe do Governo afirmou que as mudanças custaram ao Estado mais de 20 bilhões em perdas e em abril, existiu um "sério problema de colapso no conjunto do setor".

No entanto, após a ajuda europeia e a nacionalização temporária de algumas entidades, em 2013 começaram a ver os primeiros sinais positivos com a reabertura dos mercados atacadistas para as entidades espanholas, que conseguiram emitir 6,2 bilhões. "Algo literalmente impensável há um ano", ressaltou.

Rajoy assegurou no começo de seu discurso no Parlamento que a redução do desemprego e a criação de postos de trabalho é a prioridade de seu mandato, e que sem conseguir isto, nenhuma melhora econômica será suficiente, após lembrar que o número de desempregados chega a cerca de 6 milhões de pessoas, mais de 26% da população ativa, dos quais 1,2 milhões são imigrantes. EFE

Veja também

Madri - A Espanha teve um déficit público em 2012 abaixo de 7% do PIB, frente aos 6,3% comprometidos com a Comissão Europeia, anunciou nesta quarta-feira o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.

O chefe do Executivo detalhou que a redução do déficit público superou os 21 bilhões de euro (2,1% do PIB aproximadamente), acima dos 16,5 bilhões que tinha se comprometido no debate de posse em dezembro de 2011.

Dado que em 2011 o déficit das administrações públicas foi de 8,9%, o de 2012 seria de entorno de 6,9%.

Ao número divulgado por Rajoy, é preciso somar um ponto percentual pelas ajudas diretas recebidas pelos bancos, um valor que não conta para o procedimento europeu de déficit excessivo.

"O número de redução teve que ser maior, mas o compromisso foi cumprido", disse o chefe do Executivo, que explicou que alcançou tal feito graças ao aumento da receita e à redução de gasto público, apesar do aumento das prestações por desemprego.

Em seu primeiro discurso sobre o Estado da Nação, Rajoy destacou a ajuda europeia de 40 bilhões para os bancos espanhóis porque graças a ela - explicou - foram estabelecidas as bases de um sistema financeiro viável, solvente e transparente.


"Quando alguém fala da UE como a "madrasta" que coloca ajustes, convém lembrar que a Espanha recebeu um empréstimo de 40 bilhões a 0,5% a dez anos e com período de carência", assinalou.

Rajoy também destacou a "inapreciável" ajuda emprestada pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu em todo o processo de reestruturação financeira.

Sobre a reforma deste setor, considerou que "demorou muito para ser feita", porque embora começou há anos, foi realizada com "passos débeis, curtos, e erráticos às vezes".

O chefe do Governo afirmou que as mudanças custaram ao Estado mais de 20 bilhões em perdas e em abril, existiu um "sério problema de colapso no conjunto do setor".

No entanto, após a ajuda europeia e a nacionalização temporária de algumas entidades, em 2013 começaram a ver os primeiros sinais positivos com a reabertura dos mercados atacadistas para as entidades espanholas, que conseguiram emitir 6,2 bilhões. "Algo literalmente impensável há um ano", ressaltou.

Rajoy assegurou no começo de seu discurso no Parlamento que a redução do desemprego e a criação de postos de trabalho é a prioridade de seu mandato, e que sem conseguir isto, nenhuma melhora econômica será suficiente, após lembrar que o número de desempregados chega a cerca de 6 milhões de pessoas, mais de 26% da população ativa, dos quais 1,2 milhões são imigrantes. EFE

Acompanhe tudo sobre:Déficit públicoEspanhaEuropaPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame