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Espanha permanece em recessão com inflação alta

O Produto Interno Bruto encolheu 0,3% entre julho e setembro, marcando o quinto trimestre seguido de contração

Bandeira da Espanha flameja ao lado da sede do banco Bankia, em Madri (Sergio Perez/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 10h21.

Madri - A recessão da Espanha estendeu-se para o terceiro trimestre enquanto a inflação permaneceu alta em outubro, mostraram dados nesta terça-feira, indicando que o programa de austeridade do governo para reduzir o déficit público também está pesando sobre o custo de vida.

O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,3 por cento entre julho e setembro, marcando o quinto trimestre seguido de contração, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatísticas.

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A leitura foi ligeiramente melhor do que as estimativas de uma queda de 0,4 por cento, mas qualquer sugestão de que isso indica uma virada é "uma ilusão", disse a economista Estefania Ponte, da corretora Cortal Consors.

"Isso não significa que a economia está melhor, mas apenas mostra que as famílias anteciparam as compras antes da alta do IVA (imposto sobre valor agregado)", disse ela.

Na comparação anual, a economia encolheu 1,6 por cento, sugerindo que a Espanha está no caminho para cumprir meta de PIB no final do ano.

Os preços ao consumidor harmonizados para a UE subiram 3,5 por cento na comparação anual em outubro, de acordo com dados preliminares separados que superaram a expectativa em pesquisa da Reuters de 3,4 por cento. O número ficou inalterado ante setembro.

Os conservadores da Espanha, no poder desde dezembro, apresentaram cortes de gastos e aumento de impostos de mais de 60 bilhões de euros até o final de 2014 para reduzir o déficit orçamentário para dentro da meta da UE.

As medidas incluíram alta do imposto sobre valor agregado, em vigor desde 1o de setembro, o que elevou os preços ao consumidor e afetou o sentimento.

A quarta maior economia da zona do euro está no centro da crise da dívida do bloco devido a preocupações de que o governo não possa controlar suas finanças.

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