Espanha pede tranquilidade após ter rating rebaixado
Madri - A vice-presidente do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, divulgou nesta quarta-feira uma mensagem de "confiança e tranquilidade" aos cidadãos e aos mercados, depois do rebaixamento da nota da dívida a longo prazo da Espanha pela agência de classificação de riscos S&P. De la Vega falou sobre o assunto à imprensa, […]
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2010 às 16h05.
Madri - A vice-presidente do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, divulgou nesta quarta-feira uma mensagem de "confiança e tranquilidade" aos cidadãos e aos mercados, depois do rebaixamento da nota da dívida a longo prazo da Espanha pela agência de classificação de riscos S&P.
De la Vega falou sobre o assunto à imprensa, nos corredores do Congresso espanhol.
"Estamos adotando todas as medidas consideradas necessárias para o cumprimento de nossos compromissos", afirmou, destacando que a Espanha está fazendo "bem" o dever de casa.
A agência S&P decidiu rebaixar a nota da dívida espanhola de longo prazo de "AA+" a "AA" ao considerar que a economia do país passará por um período de crescimento menor que o previsto.
"Consideramos que o crescimento real do PIB (espanhol) será em média de 0,7% interanual em 2010-2016, ante uma previsão anterior superior a 1% interanual", diz a S&P em comunicado.
"Realizamos um plano muito sério de consolidação fiscal e de redução do déficit, de modo a fazê-lo chegar a 3% em 2013", disse a número dois do governo espanhol.
O gabinete espanhol aprovou no final de janeiro um plano de austeridade com a intenção de economizar 50 bilhões de euros (65,76 bilhões de dólares) em três anos para reduzir o déficit público a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 contra 11,2% atualmente, segundo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia.
A Espanha demonstra ser um país que "sabe enfrentar as dificuldades, como sempre o fez, e com rigor", insistiu De la Vega, reiterando suas declarações da véspera em Nova York, quando criticou algumas agências de classificação de risco.
"Causa, pelo menos, certa dose de perplexidade saber que algumas agências que, por certo, falharam ruidosamente na hora de prever a crise, tentem em se apresentar novamente como arautos da pureza econômica, questionando os pilares sobre os quais se sustenta nossa economia", disse de la Vega durante visita de dois dias a Nova York.