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Espanha diz que bancos podem precisar de mais capital

A declaração do presidente do banco central reflete as preocupações de que alguns podem não sobreviver a uma recessão em meio às medidas de austeridade do governo

O governo descartou um resgate e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, anunciou novos cortes de gastos na segunda-feira (Pierre-Philippe Marcou/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 11h57.

Madri - Os bancos da Espanha podem precisar de mais capital se a economia se deteriorar, afirmou o presidente do banco central nesta terça-feira, refletindo novas preocupações de que alguns podem não sobreviver a uma recessão em meio às medidas de austeridade do governo.

Investidores temem que os problemas bancários possam forçar a Espanha a pegar resgate, como a Grécia e Portugal, e venderam títulos nesta terça-feira, elevando os rendimentos para níveis que não eram vistos desde dezembro.

O governo descartou um resgate e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, anunciou novos cortes de gastos na segunda-feira, em uma tentativa de cumprir um severo limite de déficit da União Europeia.

A UE comemorou a ação, mas muitos analistas temem que elas levem a uma recessão mais profunda, cenário que, segundo o presidente do Banco Central, Miguel Angel Fernandez Ordonez, pode significar que os bancos precisarão de mais capital.

"Se a economia espanhola finalmente se recuperar, o que foi feito será suficiente. Mas se a economia piorar mais do que o esperado, será necessário continuar elevando e melhorando o capital conforme necessário para ter entidades sólidas", disse ele em conferência em Madri.

A expectativa é de que a economia se contraia em 1,7 por cento neste ano, mas deve se deteriorar mais à medida que o governo corta 27 bilhões de euros do orçamento central, e outros bilhões dos gastos nas 17 regiões autônomas do país.

Ordonez afirmou que é improvável que o país tenha uma forte recuperação no curto prazo.

"As soluções para a crise, que resulta de uma dívida excessiva ou perda de competitividade, são muito lentas dentro de uma união monetária, e é por isso que não podemos nos tornar complacentes", disse ele.

Um fraco leilão de títulos espanhóis na semana passada pôs em destaque a preocupação do investidor com a economia.

Os rendimentos espanhóis de 10 anos subiram 17 pontos base, a 5,95 por cento, depois de terem subido cerca de 25 pontos base na semana passada. O spread em relação aos "bunds" alemães está no maior nível desde o início de dezembro.

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Madri - Os bancos da Espanha podem precisar de mais capital se a economia se deteriorar, afirmou o presidente do banco central nesta terça-feira, refletindo novas preocupações de que alguns podem não sobreviver a uma recessão em meio às medidas de austeridade do governo.

Investidores temem que os problemas bancários possam forçar a Espanha a pegar resgate, como a Grécia e Portugal, e venderam títulos nesta terça-feira, elevando os rendimentos para níveis que não eram vistos desde dezembro.

O governo descartou um resgate e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, anunciou novos cortes de gastos na segunda-feira, em uma tentativa de cumprir um severo limite de déficit da União Europeia.

A UE comemorou a ação, mas muitos analistas temem que elas levem a uma recessão mais profunda, cenário que, segundo o presidente do Banco Central, Miguel Angel Fernandez Ordonez, pode significar que os bancos precisarão de mais capital.

"Se a economia espanhola finalmente se recuperar, o que foi feito será suficiente. Mas se a economia piorar mais do que o esperado, será necessário continuar elevando e melhorando o capital conforme necessário para ter entidades sólidas", disse ele em conferência em Madri.

A expectativa é de que a economia se contraia em 1,7 por cento neste ano, mas deve se deteriorar mais à medida que o governo corta 27 bilhões de euros do orçamento central, e outros bilhões dos gastos nas 17 regiões autônomas do país.

Ordonez afirmou que é improvável que o país tenha uma forte recuperação no curto prazo.

"As soluções para a crise, que resulta de uma dívida excessiva ou perda de competitividade, são muito lentas dentro de uma união monetária, e é por isso que não podemos nos tornar complacentes", disse ele.

Um fraco leilão de títulos espanhóis na semana passada pôs em destaque a preocupação do investidor com a economia.

Os rendimentos espanhóis de 10 anos subiram 17 pontos base, a 5,95 por cento, depois de terem subido cerca de 25 pontos base na semana passada. O spread em relação aos "bunds" alemães está no maior nível desde o início de dezembro.

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