Economia

Espanha: bancos congelam pedidos de despejo

A associação espanhola de bancos informou que, por "razões humanitárias", as instituições financeiras não buscarão a execução nos casos dos mutuários mais necessitados


	Os tribunais ordenaram quase 19.000 despejos somente no segundo trimestre de 2012. Desde 2008, quando começou a crise, 203.808 imóveis já foram executados
 (Denis Doyle/Getty Images)

Os tribunais ordenaram quase 19.000 despejos somente no segundo trimestre de 2012. Desde 2008, quando começou a crise, 203.808 imóveis já foram executados (Denis Doyle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 10h21.

Madri - Os maiores bancos da Espanha aceitaram nesta segunda-feira congelar por dois anos as ordens de despejo em casos de profunda necessidade financeira em meio à comoção causada pelos recentes suicídios de mutuários inadimplentes prestes a serem despejados.

A associação espanhola de bancos, conhecida pelas iniciais AEB, informou que, por "razões humanitárias", as instituições financeiras não buscarão na justiça a execução dos imóveis nos casos dos mutuários mais necessitados.

Os tribunais da Espanha ordenaram quase 19.000 despejos somente no segundo trimestre de 2012, segundo o Conselho Geral do Judiciário do país. Desde 2008, quando começou a crise, 203.808 imóveis já foram executados.

Líderes do governista Partido Popular (PP, conservador) e do opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) iriam se reunir ainda nesta segunda-feira para buscar um acordo bipartidário para mudar a lei de hipotecas do país, do início do século passado.

As leis de hipotecas espanholas são especialmente vantajosas aos bancos e a outros credores. Ainda que um mutuário seja obrigado a deixar o imóvel por inadimplência das parcelas de seu financiamento, a lei espanhola os obriga a saldar a dívida mesmo que o credor já tenha leiloado o imóvel. As informações são da Dow Jones.

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