Economia

Esfria o otimismo na construção civil

Segundo trimestre abaixo do esperado e frustração de expectativas sobre as eleições freiam os ânimos do setor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

Após uma alta de 6,97% no primeiro trimestre, há indicações de que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil não apresentou o mesmo desempenho nos três meses seguintes. Além disso, a proximidade das eleições estaduais e presidenciais não está se traduzindo em um aumento dos investimentos em obras públicas. Esses dois fatores reduziram o otimismo das construtoras, de acordo com sondagem do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) divulgada nesta terça-feira (4/7).

Com dados referentes a maio, a pesquisa mostra um recuo da avaliação em relação à sondagem anterior, realizada em fevereiro. Na avaliação dos participantes, em maio, o desempenho geral de suas empresas alcançou 41,7 pontos, ante 43,4 em fevereiro. Já as perspectivas para os próximos meses baixaram de 50,2 para 48,8 pontos, e a expectativa sobre a conjuntura econômica recuou de 48 para 43,2 pontos. Pela metodologia do Sinduscon-SP, as empresas dão notas para cada item, sendo 0 a nota mais pessimista e 100, a mais otimista.

De acordo com o sindicato, a queda geral na avaliação da situação presente e das perspectivas do setor não pode ser interpretada como uma reversão de expectativas. Para o Sinduscon-SP, o que a sondagem indica é um maior realismo do impacto da conjuntura econômica sobre as atividades do setor.

Um dos motivos para não se falar, ainda, em pessimismo é que, embora em queda, os números de maio são maiores que os do mesmo mês de 2005. Naquele período, o desempenho geral das empresas havia recebido nota 37,1; as perspectivas do setor ficaram com 43,8 pontos; e a conjuntura econômica obteve 41,2 pontos.

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