Economia

Equipe econômica quer adiar discussão sobre "regra de ouro"

De olho na impossibilidade de cumpri-la em 2019, o governo trabalhava em conjunto com a Câmara numa saída legal para flexibilizar a "regra de ouro"

Previdência: (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Previdência: (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 15h52.

Brasília - A equipe econômica quer adiar a discussão sobre mudanças na "regra de ouro" das contas públicas para depois da votação da reforma da Previdência, que já exigirá grande mobilização da base aliada, afirmou à Reuters nesta segunda-feira uma fonte do governo com conhecimento direto do assunto.

Segundo a fonte, o assunto será tratado em coletiva à imprensa nesta tarde, às 15h, pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Inscrita na Constituição, a regra proíbe que o governo faça operações de crédito (empréstimos) para bancar despesas correntes, como para o custeio da máquina pública.

De olho na impossibilidade de cumpri-la em 2019, o governo trabalhava em conjunto com a Câmara dos Deputados numa saída legal para flexibilizar a "regra de ouro" para próximo ano, com o estabelecimento de algumas contrapartidas.

Fontes disseram à Reuters na semana passada que o deputado Pedro Paulo (MDB-RJ) ficaria responsável por estruturar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o assunto.

Mas diante das dificuldades que se impõem para a aprovação da impopular reforma da Previdência, principalmente num ano de eleições, a equipe econômica buscará concentrar esforços na alteração das regras para aposentadoria, evitando desgastes políticos por outras medidas consideradas menos prioritárias no momento.

A reforma da Previdência deve ser votada na Câmara dos Deputados em meados de fevereiro.

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