Entidades criticam decisão do BC de elevar os juros
O Banco Central dá "um duro golpe no bolso do cidadão comum", que terá de arcar com custos ainda maiores em financiamentos, dizem entidades
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 23h37.
São Paulo - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) lamenta, em nota distribuída hoje, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros para 12,50% ao ano, e reitera que ao "tentar esfriar" a economia e o crescimento interno o Banco Central dá "um duro golpe no bolso do cidadão comum", que terá de arcar com custos ainda maiores em financiamentos, além de conviver com os juros reais mais altos do mundo.
Conforme avaliação presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ao decidir elevar pela quinta vez consecutiva os juros básicos, os diretores do Banco Central demonstraram ter "pouca fé" nas informações que apontam para a perda de força da inflação. "Ainda pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia divulgado que o IPCA-15 de julho havia recuado para o menor patamar desde agosto de 2010. A cautela foi desmedida", disse.
O presidente da CNDL também avalia que os ajustes na política monetária têm provocado efeitos colaterais na taxa de câmbio, com o dólar recuando frente ao real para a menor patamar desde 1999, em função da maior atratividade para o capital especulativo. "Como resultado, no ano, o fluxo cambial, que mede as entradas e saídas de recursos do País, já é praticamente o dobro do de 2010", avalia Pellizzaro.
Fecomercio-SP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) avaliou como um "excesso de conservadorismo" a decisão do BC. A elevação dos juros, segundo a entidade, desagrada a todos os setores produtivos, uma vez que não reflete o atual momento econômico brasileiro.
"Em termos práticos, o IPCA e o INPC mostraram forte desaceleração nos últimos dois meses e a componente sazonal da inflação se confirmou", considerou. Segundo a Fecomercio-SP, o aumento da taxa de juros "merece a crítica veemente do setor privado e dos consumidores".
ACSP
A Associação Comercial de São Paulo também criticou a decisão. "A decisão do Copom de elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual já era esperada pelo mercado, mas consideramos que, tendo em vista o cenário externo de incertezas, e a trajetória recente da inflação, a taxa básica deveria ter sido mantida, mesmo que fosse com um viés de alta", diz em nota.
Para a entidade, a alta taxa de juros afeta mais os meios produtivos que o mercado consumidor. "A taxa Selic já está muito elevada e seu impacto vem se fazendo sentir mais na produção do que no consumo, além de contribuir para uma valorização ainda maior do Real", apontou Rogério Amato, presidente da Associação Comercial e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.
Fiesp
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, repudiou, por meio de nota, a decisão do Copom. O presidente da entidade considerou que o quinto aumento consecutivo da taxa de juros irá acelerar o processo de desindustrialização nacional. "E poderemos ter perdas de postos de trabalho, agravando os sérios problemas que já enfrentamos com a competitividade brasileira", observou.
O presidente da Fiesp sugeriu ainda que, em vez de elevar os juros, o governo federal deveria adotar medidas que efetivamente reduzam a carga tributária, equilibrem a taxa de câmbio e melhorem a infraestrutura nacional.
São Paulo - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) lamenta, em nota distribuída hoje, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros para 12,50% ao ano, e reitera que ao "tentar esfriar" a economia e o crescimento interno o Banco Central dá "um duro golpe no bolso do cidadão comum", que terá de arcar com custos ainda maiores em financiamentos, além de conviver com os juros reais mais altos do mundo.
Conforme avaliação presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ao decidir elevar pela quinta vez consecutiva os juros básicos, os diretores do Banco Central demonstraram ter "pouca fé" nas informações que apontam para a perda de força da inflação. "Ainda pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia divulgado que o IPCA-15 de julho havia recuado para o menor patamar desde agosto de 2010. A cautela foi desmedida", disse.
O presidente da CNDL também avalia que os ajustes na política monetária têm provocado efeitos colaterais na taxa de câmbio, com o dólar recuando frente ao real para a menor patamar desde 1999, em função da maior atratividade para o capital especulativo. "Como resultado, no ano, o fluxo cambial, que mede as entradas e saídas de recursos do País, já é praticamente o dobro do de 2010", avalia Pellizzaro.
Fecomercio-SP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) avaliou como um "excesso de conservadorismo" a decisão do BC. A elevação dos juros, segundo a entidade, desagrada a todos os setores produtivos, uma vez que não reflete o atual momento econômico brasileiro.
"Em termos práticos, o IPCA e o INPC mostraram forte desaceleração nos últimos dois meses e a componente sazonal da inflação se confirmou", considerou. Segundo a Fecomercio-SP, o aumento da taxa de juros "merece a crítica veemente do setor privado e dos consumidores".
ACSP
A Associação Comercial de São Paulo também criticou a decisão. "A decisão do Copom de elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual já era esperada pelo mercado, mas consideramos que, tendo em vista o cenário externo de incertezas, e a trajetória recente da inflação, a taxa básica deveria ter sido mantida, mesmo que fosse com um viés de alta", diz em nota.
Para a entidade, a alta taxa de juros afeta mais os meios produtivos que o mercado consumidor. "A taxa Selic já está muito elevada e seu impacto vem se fazendo sentir mais na produção do que no consumo, além de contribuir para uma valorização ainda maior do Real", apontou Rogério Amato, presidente da Associação Comercial e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.
Fiesp
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, repudiou, por meio de nota, a decisão do Copom. O presidente da entidade considerou que o quinto aumento consecutivo da taxa de juros irá acelerar o processo de desindustrialização nacional. "E poderemos ter perdas de postos de trabalho, agravando os sérios problemas que já enfrentamos com a competitividade brasileira", observou.
O presidente da Fiesp sugeriu ainda que, em vez de elevar os juros, o governo federal deveria adotar medidas que efetivamente reduzam a carga tributária, equilibrem a taxa de câmbio e melhorem a infraestrutura nacional.