Comércio: segundo dados desta quarta, mercado de trabalho formal do comércio na Grande São Paulo iniciou 2014 com 1.007.520 empregados registrados (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2014 às 15h43.
São Paulo - O número de empregados do comércio na região metropolitana de São Paulo caiu 1,2% em janeiro em relação a dezembro do ano passado.
Na comparação com o mesmo mês de 2013, o primeiro mês do ano registrou acréscimo de 0,8%. Os números são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 26, o mercado de trabalho formal do comércio na Grande São Paulo iniciou 2014 com 1.007.520 empregados registrados.
O número negativo de janeiro é resultado da demissão de 55.056 trabalhadores e da contratação de 42.340 pessoas. Segundo a FecomercioSP, é a maior baixa de vagas para o mês desde 2008.
Os economistas da FecomercioSP destacam que o arrefecimento nas contratações de funcionários formais no comércio varejista nos últimos meses mostra empresários mais cautelosos em realizar investimentos.
"Além do baixo crescimento econômico, a inflação mostra sinais de alta persistente. Tudo isso, associado ao aumento das taxas de juros, impacta no nível de consumo das famílias, mantendo a confiança do consumidor e do empresário em queda", explicam os especialistas, em nota.
A ponderação dos economistas é que o cenário de retração no emprego neste ano pode melhorar por conta de um possível incremento nas contratações formais com a Copa do Mundo e as eleições.
Setores
O levantamento da FecomercioSP mostra que os segmentos que mais contribuíram para a queda do indicador em janeiro foram os de supermercados e de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com diferenças entre admitidos e desligados apuradas em -4.528 vagas e -5.587 postos, respectivamente.
"São esses mesmos segmentos, inclusive, os de mais elevados contingentes de mão de obra do comércio e tradicionalmente com maior rotatividade."