Economia

Emprego melhora nos EUA, mas manufatura pode desacelerar

Número de norte-americanos que solicitou novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu inesperadamente na semana passada


	Candidata preenche formulário em feira de emprego: pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 10 mil, para 316 mil
 (Tim Boyle/Bloomberg)

Candidata preenche formulário em feira de emprego: pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 10 mil, para 316 mil (Tim Boyle/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 15h07.

Washington - O número de norte-americanos que solicitou novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu inesperadamente na semana passada, mas a contínua fraqueza nos gastos corporativos com bens de capital sugerem crescimento econômico mais lento dos Estados Unidos no quarto trimestre.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 10 mil, para 316 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou nesta quarta-feira o Departamento do Trabalho. A segunda semana consecutiva de declínio desafiou as expectativas de economias, que previam aumento para 330 mil, dando força às esperanças de forte melhora nos dados de emprego de novembro.

"Estamos em um nível que, se sustentado, sinalizaria ganhos no mercado de trabalho adiante. Também há uma boa chance de que a melhora nos dados de emprego de outubro possa não ter sido uma aberração", disse o economista-chefe do Naroff Economic Advisors, Joel Naroff.

Empregadores adicionaram 204 mil novos postos de trabalho às folhas de pagamento no mês passado, mais do que o esperado, dando fôlego a especulações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode começar a retirar seu estímulo econômico mais cedo do que se esperava.

Mas embora os dados de emprego estejam melhorando, empresas parecem estar cautelosas em gastar com bens de capital nos EUA.

Outro relatório do Departamento do Comércio mostrou que as encomendas de bens de capital fora do setor de Defesa excluindo aeronaves, uma medida dos planos de gastos das empresas, caíram 1,2 por cento em outubro. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,6 por cento nessa base.

Foi o segundo mês de retração, depois que as encomendas para esse chamado núcleo de bens de capital caíram 1,4 por cento em setembro.

A queda inesperada sugere algum declínio na força do setor industrial. Também pode ser uma indicação de que a paralisação parcial de 16 dias do governo dos EUA no mês passado prejudicou a confiança das empresas.

Ao mesmo tempo, as encomendas de bens duráveis --itens que vão de torradeiras a aeronaves feitas para durar pelo menos três anos-- recuaram 2 por cento, em grande parte porque a demanda por aeronaves civis e de defesa caíram.

As encomendas de bens duráveis haviam subido 4,1 por cento em setembro.

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