Em um ano, vendas do etanol crescem 50%, segundo a ANP
O principal fator que impulsionou as vendas do etanol hidratado foi o reajuste dos preços da gasolina, concorrente do etanol nos tanques de combustível
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2015 às 16h40.
Ribeirão Preto - As vendas de etanol hidratado em abril no País, num total de 1,498 bilhão de litros, superam em 50,1% o total comercializado em igual mês de 2014, de 997,6 milhões de litros, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP ).
O volume comercializado no primeiro mês da safra 2015/2016 é ainda 3,5% superior ao total de março desse ano, de 1,448 bilhão de litros, e apontam que a alta no preço da gasolina e o diferencial tributário de alguns Estados para o álcool podem ter recolocado o combustível de cana em outro patamar de demanda neste ano.
Em março, a alta já havia sido de 51% na demanda dos consumidores pelo hidratado, ante os 959,14 milhões de litros de março de 2014.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), o primeiro fator para impulsionar as vendas do etanol hidratado foi o reajuste dos preços da gasolina, concorrente do etanol nos tanques de combustível dos veículos do ciclo Otto.
A alta na gasolina ocorreu pelo restabelecimento ainda parcial da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e reajuste do PIS/Cofins.
Como o etanol é competitivo economicamente com um preço até 70% do da gasolina nos postos, o reajuste exclusivo ao combustível de petróleo favoreceu o de cana-de-açúcar. Além disso, os preços do próprio etanol recuaram com o início do processamento da safra.
Vantagem tributária
Outro fator que impulsionou as vendas foram as vantagens tributárias em São Paulo e Minas Gerais, dois dos principais mercados para o etanol no País. Com alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mais baixa do Brasil, em 12%, São Paulo respondeu por mais da metade do consumo do etanol hidratado em abril, com 804,24 milhões de litros.
Além de ser o maior volume mensal dos últimos cinco anos, o total de hidratado comercializado no mês passado no mercado paulista seguiu maior que as vendas de gasolina, que somaram 794,25 milhões de litros.
Em Minas Gerais, a redução de 19% para 14% da alíquota do ICMS sobre o hidratado e a alta do imposto sobre a gasolina de 27% para 29% fizeram com que as vendas do etanol disparassem e a participação do combustível na demanda mais que dobrasse. Em abril, as vendas superaram 140 milhões de litros, recorde histórico para o Estado.
A fatia do hidratado no consumo de combustíveis do ciclo Otto saiu de uma média de 9,5% em 2014 para 21,16% no mês passado.
Ribeirão Preto - As vendas de etanol hidratado em abril no País, num total de 1,498 bilhão de litros, superam em 50,1% o total comercializado em igual mês de 2014, de 997,6 milhões de litros, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP ).
O volume comercializado no primeiro mês da safra 2015/2016 é ainda 3,5% superior ao total de março desse ano, de 1,448 bilhão de litros, e apontam que a alta no preço da gasolina e o diferencial tributário de alguns Estados para o álcool podem ter recolocado o combustível de cana em outro patamar de demanda neste ano.
Em março, a alta já havia sido de 51% na demanda dos consumidores pelo hidratado, ante os 959,14 milhões de litros de março de 2014.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), o primeiro fator para impulsionar as vendas do etanol hidratado foi o reajuste dos preços da gasolina, concorrente do etanol nos tanques de combustível dos veículos do ciclo Otto.
A alta na gasolina ocorreu pelo restabelecimento ainda parcial da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e reajuste do PIS/Cofins.
Como o etanol é competitivo economicamente com um preço até 70% do da gasolina nos postos, o reajuste exclusivo ao combustível de petróleo favoreceu o de cana-de-açúcar. Além disso, os preços do próprio etanol recuaram com o início do processamento da safra.
Vantagem tributária
Outro fator que impulsionou as vendas foram as vantagens tributárias em São Paulo e Minas Gerais, dois dos principais mercados para o etanol no País. Com alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mais baixa do Brasil, em 12%, São Paulo respondeu por mais da metade do consumo do etanol hidratado em abril, com 804,24 milhões de litros.
Além de ser o maior volume mensal dos últimos cinco anos, o total de hidratado comercializado no mês passado no mercado paulista seguiu maior que as vendas de gasolina, que somaram 794,25 milhões de litros.
Em Minas Gerais, a redução de 19% para 14% da alíquota do ICMS sobre o hidratado e a alta do imposto sobre a gasolina de 27% para 29% fizeram com que as vendas do etanol disparassem e a participação do combustível na demanda mais que dobrasse. Em abril, as vendas superaram 140 milhões de litros, recorde histórico para o Estado.
A fatia do hidratado no consumo de combustíveis do ciclo Otto saiu de uma média de 9,5% em 2014 para 21,16% no mês passado.