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Em 2013-2014 teremos crescimento de 5%, diz Mantega

Para este ano, o ministro acredita que é possível crescer entre 3,5% a 4% do PIB

Ministro: Mantega cobrou ajuda do setor empresarial, com investimentos, e dos bancos, com redução de spreads e aumento de crédito (Antônio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 14h43.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse nesta quarta-feira durante o Seminário Econômico Fiesp-Lide, que a economia brasileira tem condições de voltar a crescer até 5% entre 2013 e 2014.

O ministro separou em dois tempos a queda de 0,9% da produção industrial em maio, segundo divulgou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Tivemos uma notícia ruim ontem, mas quero dar uma boa notícia aqui, a de que os setores que puxaram a queda da produção para baixo já estão dando sinais de melhora. Ontem fui dormir pensando que, com o resultado ruim da produção industrial, não era um bom momento para vir aqui", disse, arrancando gargalhadas dos empresários.

Para este ano, Mantega afirmou que é possível um crescimento de 3,5% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado no segundo semestre de 2012. "Estou olhando para o segundo semestre, o primeiro foi fraco e no segundo semestre podemos crescer 3,5% a 4%. É claro que depende da atitude de todos", disse. Questionado sobre uma projeção para o ano, Mantega afirmou que "continuaremos lutando para ter o maior PIB possível para este ano" e que "não estou aqui para fazer projeções de PIB".

Mantega cobrou ajuda do setor empresarial, com investimentos, e dos bancos, com redução de spreads e aumento de crédito. "É preciso que o setor empresarial aumente investimentos, que o setor desperte o espírito animal e faça os investimentos, pois quem sai na frente tem vantagem", disse.

O ministro também disse que a redução do IPI para veículos, anunciada em maio, "foi um sucesso" e já se refletiu no aumento das vendas de carros no mês passado. As vendas bateram o recorde histórico para meses de junho, de acordo com dados divulgados na terça-feira pela Fenabrave, que representa os distribuidores.

Mantega lembrou que a média de vendas diárias de veículos atingiu 17 mil unidades após o anúncio da medida. Segundo a Fenabrave, a média diária de vendas antes da redução do IPI era de 13 mil veículos.

O ministro disse ainda desconhecer qualquer informação sobre demissões no setor após a medida. Por fim, afirmou que não conversou com as montadoras sobre reduções nos estoques de veículos, mas disse acreditar que eles estejam caindo.

Recado aos bancos - O ministro também aproveitou a presença do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, para mandar ao setor bancário uma firme mensagem de que os bancos precisam reduzir os spreads. Cobrado pelos empresários, o ministro não deixou por menos e também fez cobranças.

"Concordo com o Setúbal de que o Brasil de hoje é resultado de um grande processo de reformas e que o crédito não tinha a solidez que tem hoje", ponderou Mantega. Mas ressaltou que essa solidez do crédito decorre de mudanças recentes, como a Lei de Alienação Fiduciária, da introdução na economia do crédito consignado e do destravamento do crédito imobiliário.

Dirigindo-se ao presidente do Itaú Unibanco, o ministro reconheceu que a inadimplência aumentou e que não é mais possível o crédito crescer com o mesmo ritmo que cresceu nos últimos anos, saindo de 22% do PIB para os atuais cerca de 50% do PIB. Porém, de acordo com ele, os bancos não devem reduzir as operações de concessão de crédito. "Os bancos são pró-ciclicos, mas têm de ser anticíclicos", disse Mantega. "Não é sair dando crédito, mas se reduzir o spread, a inadimplência vai cair. Quero dizer, doutor Setúbal, que o spread bancário no Brasil é muito alto", cutucou Mantega.

"Vocês têm de ganhar no volume. Dá para fazer mais", disse Mantega ao presidente do Itaú Unibanco, referindo-se à redução do spread bancário. Ainda de acordo com Mantega, os bancos têm de buscar lucros por meio de aumento de produtividade e investimentos em tecnologia. "Cada um tem a sua responsabilidade, mas o setor financeiro também", disse Mantega.

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O ministro separou em dois tempos a queda de 0,9% da produção industrial em maio, segundo divulgou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Tivemos uma notícia ruim ontem, mas quero dar uma boa notícia aqui, a de que os setores que puxaram a queda da produção para baixo já estão dando sinais de melhora. Ontem fui dormir pensando que, com o resultado ruim da produção industrial, não era um bom momento para vir aqui", disse, arrancando gargalhadas dos empresários.

Para este ano, Mantega afirmou que é possível um crescimento de 3,5% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado no segundo semestre de 2012. "Estou olhando para o segundo semestre, o primeiro foi fraco e no segundo semestre podemos crescer 3,5% a 4%. É claro que depende da atitude de todos", disse. Questionado sobre uma projeção para o ano, Mantega afirmou que "continuaremos lutando para ter o maior PIB possível para este ano" e que "não estou aqui para fazer projeções de PIB".

Mantega cobrou ajuda do setor empresarial, com investimentos, e dos bancos, com redução de spreads e aumento de crédito. "É preciso que o setor empresarial aumente investimentos, que o setor desperte o espírito animal e faça os investimentos, pois quem sai na frente tem vantagem", disse.

O ministro também disse que a redução do IPI para veículos, anunciada em maio, "foi um sucesso" e já se refletiu no aumento das vendas de carros no mês passado. As vendas bateram o recorde histórico para meses de junho, de acordo com dados divulgados na terça-feira pela Fenabrave, que representa os distribuidores.

Mantega lembrou que a média de vendas diárias de veículos atingiu 17 mil unidades após o anúncio da medida. Segundo a Fenabrave, a média diária de vendas antes da redução do IPI era de 13 mil veículos.

O ministro disse ainda desconhecer qualquer informação sobre demissões no setor após a medida. Por fim, afirmou que não conversou com as montadoras sobre reduções nos estoques de veículos, mas disse acreditar que eles estejam caindo.

Recado aos bancos - O ministro também aproveitou a presença do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, para mandar ao setor bancário uma firme mensagem de que os bancos precisam reduzir os spreads. Cobrado pelos empresários, o ministro não deixou por menos e também fez cobranças.

"Concordo com o Setúbal de que o Brasil de hoje é resultado de um grande processo de reformas e que o crédito não tinha a solidez que tem hoje", ponderou Mantega. Mas ressaltou que essa solidez do crédito decorre de mudanças recentes, como a Lei de Alienação Fiduciária, da introdução na economia do crédito consignado e do destravamento do crédito imobiliário.

Dirigindo-se ao presidente do Itaú Unibanco, o ministro reconheceu que a inadimplência aumentou e que não é mais possível o crédito crescer com o mesmo ritmo que cresceu nos últimos anos, saindo de 22% do PIB para os atuais cerca de 50% do PIB. Porém, de acordo com ele, os bancos não devem reduzir as operações de concessão de crédito. "Os bancos são pró-ciclicos, mas têm de ser anticíclicos", disse Mantega. "Não é sair dando crédito, mas se reduzir o spread, a inadimplência vai cair. Quero dizer, doutor Setúbal, que o spread bancário no Brasil é muito alto", cutucou Mantega.

"Vocês têm de ganhar no volume. Dá para fazer mais", disse Mantega ao presidente do Itaú Unibanco, referindo-se à redução do spread bancário. Ainda de acordo com Mantega, os bancos têm de buscar lucros por meio de aumento de produtividade e investimentos em tecnologia. "Cada um tem a sua responsabilidade, mas o setor financeiro também", disse Mantega.

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