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Economista do FMI acusa Fundo de esconder informações

Ao pedir demissão do Fundo, Peter Doyle afirmou que a crise da zona do euro era uma "falha de primeira ordem"

Carta de demissão do economista mostra tensões dentro do FMI sobre a credibilidade do Fundo (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2012 às 18h14.

Washington - O economista veterano do Fundo Monetário Internacional (FMI) Peter Doyle acusou o credor global de esconder informações sobre as dificuldades em lidar com a piora financeira global e a crise da zona do euro .

Na carta de demissão à diretoria do FMI, datada de 18 de junho, Doyle disse que os fracassos do FMI de emitir alertas para a crise financeira global de 2007 a 2009 e a crise da zona do euro eram uma "falha de primeira ordem" e "estão, sem dúvida, ficando mais enraizadas".

Sua carta, cuja cópia foi vista pela Reuters, trouxe à público tensões latentes dentro do FMI sobre a credibilidade do Fundo, a qual muitos temem estar sendo ameaçada em meio à sua participação na crise da zona do euro.

Fontes do FMI, que pediram para não ser identificadas, disseram à Reuters que as preocupações são que o Fundo está no seu limite por causa dos empréstimos feitos à Europa sem o mesmo nível de independência que normalmente aplica em resgates para economias emergentes.

Doyle, o então chefe para Suécia, Dinamarca e Israel no Departamento Europeu do FMI quando pediu demissão, também acusou a liderança do Fundo de estar "manchada" por um processo de seleção que sempre garante um europeu no comando.

Ele disse que o FMI "assumiu papel reativos na última série de esforços para salvar" a zona do euro. O FMI é parte do grupo de credores internacionais chamado de "troika", juntamente com a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE), envolvido nos empréstimos de resgate à Grécia, Irlanda e Portugal.

Doyle, que trabalhou para o FMI durante 20 anos, disse que as indicações para os chefes do FMI na última década "foram todas evidentemente desastrosas".

"Até mesmo a atual titular, uma vez que nem seu gênero, integridade ou entusiasmo podem compensar a ilegitimidade do processo de seleção", disse Doyle sobre a indicação de Christine Lagarde no ano passado como a primeira mulher a chefiar o FMI.

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Na carta de demissão à diretoria do FMI, datada de 18 de junho, Doyle disse que os fracassos do FMI de emitir alertas para a crise financeira global de 2007 a 2009 e a crise da zona do euro eram uma "falha de primeira ordem" e "estão, sem dúvida, ficando mais enraizadas".

Sua carta, cuja cópia foi vista pela Reuters, trouxe à público tensões latentes dentro do FMI sobre a credibilidade do Fundo, a qual muitos temem estar sendo ameaçada em meio à sua participação na crise da zona do euro.

Fontes do FMI, que pediram para não ser identificadas, disseram à Reuters que as preocupações são que o Fundo está no seu limite por causa dos empréstimos feitos à Europa sem o mesmo nível de independência que normalmente aplica em resgates para economias emergentes.

Doyle, o então chefe para Suécia, Dinamarca e Israel no Departamento Europeu do FMI quando pediu demissão, também acusou a liderança do Fundo de estar "manchada" por um processo de seleção que sempre garante um europeu no comando.

Ele disse que o FMI "assumiu papel reativos na última série de esforços para salvar" a zona do euro. O FMI é parte do grupo de credores internacionais chamado de "troika", juntamente com a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE), envolvido nos empréstimos de resgate à Grécia, Irlanda e Portugal.

Doyle, que trabalhou para o FMI durante 20 anos, disse que as indicações para os chefes do FMI na última década "foram todas evidentemente desastrosas".

"Até mesmo a atual titular, uma vez que nem seu gênero, integridade ou entusiasmo podem compensar a ilegitimidade do processo de seleção", disse Doyle sobre a indicação de Christine Lagarde no ano passado como a primeira mulher a chefiar o FMI.

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