Economia

Economia vai se recuperar gradualmente, diz diretor do BC

Viana também afirmou que mudanças no ritmo de cortes na Selic dependem da evolução da atividade, do balanço de riscos e de expectativas para a inflação

Economia: o BC manteve a estimativa para a expansão do PIB em 0,5% em 2017 (Mario Tama/Getty Images)

Economia: o BC manteve a estimativa para a expansão do PIB em 0,5% em 2017 (Mario Tama/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de junho de 2017 às 13h28.

A economia brasileira deve se recuperar gradualmente, afirmou hoje (22) o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho.

O BC manteve a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 0,5% em 2017, no Relatório de Inflação, divulgado de manhã.

"Riscos sempre há, mas temos esse diagnóstico de que a estabilização ocorreu e que as perspectivas são de recuperação gradual", disse o diretor ao apresentar o relatório.

No documento, o BC destaca que as reformas propostas pelo governo, da Previdência e trabalhista, são necessárias para a recuperação da economia.

"A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade".

Taxa de juros

Viana também afirmou que mudanças no ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, dependem da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de expectativas para a inflação.

No relatório, o BC lembrou que, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, o colegiado entendeu que "uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária [redução da taxa] em relação ao ritmo adotado naquela ocasião deveria se mostrar adequada em sua próxima reunião, em julho".

"Em nenhum momento, nós nos comprometemos com decisões futuras. É condicional", disse o diretor. Ele acrescentou que o Copom mostra os fatores que podem indicar a "direção que parece mais provável", mas não há nada pré-definido.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor