Economia

Economia do Reino Unido dá sinais de retomada em 2024

A recuperação da economia britânica tem sido muito lenta desde a pandemia e a guerra na Ucrânia

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de março de 2024 às 07h26.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 07h32.

A economia do Reino Unido voltou a crescer em janeiro depois de entrar em uma recessão técnica no segundo semestre de 2023, oferecendo certo alívio ao primeiro-ministro Rishi Sunak, que deve enfrentar eleições neste ano.

Segundo a Reuters, o PIB britânico cresceu 0,2% em janeiro - impulsionado por uma recuperação no varejo e na construção de casas - após uma queda de 0,1% em dezembro, em linha com as expectativas dos economistas.

Entretanto, é muito cedo para saber se a economia saiu da recessão. O PIB encolheu 0,3% no último trimestre de 2023 e 0,1% no trimestre anterior - o que caracteriza a chamada recessão técnica

A recuperação da economia britânica tem sido muito lenta desde a retomada inicial após a pandemia da COVID-19, afetada pelo aumento no custo das importações de energia devido à invasão da Ucrânia pela Rússia e, mais recentemente, pelas altas taxas de juros do Banco da Inglaterra (BoE).

Com a inflação em 4% em janeiro, abaixo das taxas de dois dígitos registradas em grande parte do ano passado, e com previsão de retorno à meta de 2% em breve, a pressão sobre os gastos das famílias está diminuindo e o Banco da Inglaterra está começando a considerar quando deve reduzir a taxa de juros.

Os dados desta quarta-feira mostraram que o PIB de janeiro foi 0,3% menor do que o do ano anterior e encolheu 0,1% no trimestre encerrado em janeiro, ambos em linha com as previsões dos economistas.

Na semana passada, o Escritório de Responsabilidade Orçamentária do governo previu uma expansão de 0,8% em 2024, mais do que a projeção do BoE em fevereiro, que ficou em 0,25%.

A situação econômica reflete no cenário eleitoral. Os trabalhistas estão muito à frente dos conservadores nas pesquisas de opinião, com uma eleição prevista para o segundo semestre deste ano. De acordo com alguns levantamentos, o partido de oposição é agora visto como mais confiável para administrar a economia do que os conservadores.

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