Economia

Prévia do PIB encolhe 0,74% em março, aponta BC

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central é uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto

PIB: Índice de Atividade Econômica do Banco Central, espécie de sinalizador do PIB, encolheu 0,74 por cento em março (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

PIB: Índice de Atividade Econômica do Banco Central, espécie de sinalizador do PIB, encolheu 0,74 por cento em março (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 16 de maio de 2018 às 08h53.

Última atualização em 16 de maio de 2018 às 09h20.

São Paulo - A economia brasileira encolheu mais que o esperado em março, fechando o primeiro trimestre com contração de 0,13 por cento e corroborando a fraqueza da atividade neste início de ano em meio ao mercado de trabalho debilitado e ao cenário político que afetam a confiança.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta quarta-feira, recuou 0,74 por cento em março na comparação com fevereiro, segundo dado dessazonalizado.

O resultado foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas, de queda de 0,10 por cento, e o cenário mostra ainda mais fraqueza após a revisão pelo BC do dado mensal de fevereiro pelo BC para recuo de 0,10 por cento, após divulgar expansão de 0,09 por cento.

Com isso, o indicador que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, interrompe série de quatro trimestres de expansão.

Em março, a produção industrial encolheu 0,1 por cento e terminou o primeiro trimestre estagnada, enquanto o setor de serviços apresentou nos três primeiros meses do ano contração de 0,9 por cento. Somente o varejo terminou o período com ganhos, de 0,7 por cento, mas ainda indicando oscilações.

Enquanto a inflação e os juros permanecem baixos, o desemprego ainda elevado contém o consumo e impede melhora econômica mais robusta num ano de eleição presidencial envolta por indefinições.

Esses cenários vêm afetando a confiança de forma generalizada no país, inclusive já neste segundo trimestre, movimento que levou analistas consultados pela Reuters a alertarem para novo possível período de fraqueza da atividade.

Economistas consultados na pesquisa Focus do BC vêm reduzindo a expectativa de crescimento do PIB este ano, agora a 2,51 por cento, sendo que no início do ano, estava em torno de 3 por cento.

Os dados oficiais do IBGE sobre o desempenho do PIB no trimestre passado serão divulgados em 30 de maio.

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