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É maldade ou ignorância chamar imposto digital de nova CPMF, diz Guedes

Ministro disse que os parlamentares vão avaliar à frente a base de incidência desse novo imposto, que contará com uma base mais ampla

(José Cruz/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 12h49.

Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 12h49.

O ministro da Economia, Paulo Guedes , afirmou nesta quarta-feira que o governo está estudando um imposto digital dentro da reforma tributária, que será apresentado num segundo momento, e defendeu em comissão do Congresso não tratar-se de uma nova CPMF.

"O imposto digital é uma coisa para nós conversarmos à frente, mas é claro que a economia é cada vez mais digital. Isso está sendo estudado na OCDE, nos países mais avançados. Netflix, Google, todo mundo vem aqui, o brasileiro usa os serviços, são muito bem recebidos, são belíssimas inovações tecnológicas", afirmou.

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"Agora nós não conseguimos ainda tributar corretamente e isso é uma peça importante que, sim, nós estamos estudando, e temos falado sobre isso o tempo inteiro e as pessoas inadequadamente, por maldade, por ignorância, falam que isso é nova CPMF. Mas não tem problema, o tempo é senhor da razão", completou.

O ministro disse que os parlamentares vão avaliar à frente a base de incidência desse novo imposto e pontuou que a equipe econômica quer uma base ampla, embora não tenha dado detalhes a respeito.

"Não é o nosso assunto aqui na hora", disse.

Após o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ter avaliado que um novo imposto nos moldes da CPMF seria algo medieval, Guedes avaliou que ele teria cometido um "certo excesso".

"Ele sugeriu que a Netflix e a Google já existiam na Idade Média", afirmou. "Foi um exagero que ele cometeu talvez em resposta quando eu disse que o IVA era um imposto industrial da metade do século passado, o que também é verdade."

(Por Marcela Ayres)

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