Economia

Dona do Burger King vê inflação em itens como carne e maionese

A Restaurant Brands International observou um salto dos preços de itens importantes como carne, maionese e bacon em meio à alta demanda e restrições de oferta, segundo relatório interno

A empresa, Restaurant Brands International, dona do Burguer King e Popeyes, afirmou que embora as refeições fora de casa estejam voltando aos níveis anteriores à covid-19, preços de alimentos também continuam altos (Karin Salomão/Exame)

A empresa, Restaurant Brands International, dona do Burguer King e Popeyes, afirmou que embora as refeições fora de casa estejam voltando aos níveis anteriores à covid-19, preços de alimentos também continuam altos (Karin Salomão/Exame)

B

Bloomberg

Publicado em 11 de junho de 2021 às 16h27.

Última atualização em 11 de junho de 2021 às 16h28.

A dona do Burger King e da rede Popeyes observa um salto dos preços de itens importantes como carne, maionese e bacon em meio à alta demanda e restrições de oferta, segundo relatório interno.

A Restaurant Brands International “consegue ver inflação significativa em todas as regiões em proteínas e óleos” em comparação com as médias históricas de cinco anos, de acordo com relatório da empresa sobre commodities, datado de 17 de maio e visto pela Bloomberg News.

“A inflação de preços em todo o complexo do mercado de proteínas superou muito até mesmo nossas previsões mais altistas”, disse a empresa no relatório.

A empresa, que também é dona da rede Tim Hortons, disse que, embora as refeições fora de casa estejam voltando aos níveis anteriores à covid-19, as vendas de alimentos também continuam altas. Isso tem pressionado as cadeias de suprimentos ao mesmo tempo em que um mercado de trabalho extremamente apertado, com falta de caminhoneiros por exemplo, aumenta as despesas de transporte.

“O mundo enfrenta crescentes custos das commodities por uma série de razões - e estamos gerenciando esses custos com cuidado, como sempre fazemos”, disse a Restaurant Brands por e-mail. “Temos uma série de estratégias para mitigar os aumentos de custos e, como prática, não falamos sobre elas por razões competitivas.”

A empresa de Toronto também disse que adota uma “visão de longo prazo” ao gerenciar e desenvolver estratégias de compra para amenizar as flutuações das commodities.

Em todo o setor, restaurantes têm elevado os preços em meio a pressões inflacionárias. A Chipotle Mexican Grill anunciou recentemente que aumentou os preços de seu cardápio na semana passada. A alta não se limita aos restaurantes: fabricantes de bens de consumo citaram muitas das mesmas dinâmicas em rodada recente de aumentos de preços.

A maionese está entre os ingredientes com preços mais altos devido aos maiores custos do óleo de soja, um insumo importante. A Restaurant Brands faz hedge para ajudar a evitar as flutuações do mercado, mas observa que a disponibilidade de óleo processado se torna um “grande risco”. A empresa repôs os estoques de maionese com um preço de hedge mais alto para garantir o fornecimento por cerca de cinco meses.

Na América do Norte, a tendência de alta dos preços da carne bovina deve continuar no segundo semestre de 2021. A Restaurant Brands, cujas unidades são quase todas franqueadas, projeta aumento de 8% nos produtos processados de carne bovina no segundo semestre em relação ao primeiro para proprietários de restaurantes. Ao mesmo tempo, os preços da carne suína subiram em meio à forte demanda da China, maior movimento nos restaurantes e aumento dos custos com ração.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoHambúrgueresInflaçãoPreços

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE