Economia

Dólar abre em alta; mercado lida com nomes da transição

O mercado brasileiro deve refletir dois fatos de ontem (5/11): a nomeação de mais dez nomes da equipe de transição e taxa de inflação (IPC em São Paulo) de 1,28% - a mais alta desde 2000. A atenção fica voltada também para o resultado da reunião do comitê monetário do Federal Reserve, nos Estados Unidos, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

O mercado brasileiro deve refletir dois fatos de ontem (5/11): a nomeação de mais dez nomes da equipe de transição e taxa de inflação (IPC em São Paulo) de 1,28% - a mais alta desde 2000. A atenção fica voltada também para o resultado da reunião do comitê monetário do Federal Reserve, nos Estados Unidos, que irá definir o valor da taxa de juros do país.

O dólar abriu hoje em alta de 1,24%, cotado a 3,56 reais. Ontem, após ficar em alta durante a maior parte do dia, a moeda inverteu a mão no fim dos negócios e fechou em baixa de 0,14%, a 3,52 reais, quinta queda consecutiva, acumulando desvalorização de 7,72%.

Juros americanos

Nos EUA, O crescimento da atividade no setor de serviços americano passou por uma desaceleração no mês passado. De acordo com o Instituto de Gerenciamento de Fornecimento (ISM), o índice de atividade caiu de 53,9 pontos, em setembro, para 53,1 pontos.

Pelos critérios do ISM, leituras acima de 50 pontos denotam expansão. Então, o setor segue crescendo, mas num ritmo menor.

Hoje, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) decide se mexerá na taxa de juros, atualmente em 1,75% ao ano - a menor desde 1961 -, visando um possível estímulo à economia. Para a maior parte dos analistas, o Fed cortará os juros para 1,5% ao ano.

Equipe de transição

Ontem, o chefe da equipe de transição do novo governo, Antonio Palocci, divulgou mais nomes do grupo - a maioria de técnicos. Confira a lista:

- Maurício Borges, economista, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), secretário de Planejamento de Belo Horizonte, ex-diretor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas);

- Gilberto Siqueira, engenheiro civil, secretário de Planejamento e Coordenação do Acre, diretor do projeto de cooperação técnica da ONU (Organização das Nações Unidas) com o governo do Acre;

- Gilnei Viana, médico, professor da Universidade Federal do Mato Grosso, ex-deputado federal pelo Mato Grosso, e atualmente deputado estadual no Estado;

- Marcos Flora, historiador, ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Belo Horizonte, na gestão de Patrus Anananias (PT), integrante do diretório nacional do PT;

- Ricardo Caran, administrador, especialista em políticas públicas e gestão governamental, ex-coordenador geral de análises e pesquisas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e assessor da Prefeitura de São Paulo;

- Arno Augustin, economista, ex-secretário da Fazenda de Porto Alegre e atual secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul;

- Teresa Campello, economista do Rio Grande do Sul

- Ana Fonseca, doutora em política social pela USP (Universidade de São Paulo), pesquisadora do núcleo de pesquisas públicas pela Unicamp (Universidade de Campinas), assessora da Prefeitura de São Paulo e principal coordenadora do programa de governo de Lula na área social;

- José Augusto Laurenti, engenheiro, presidente do DER-RJ (Departamento de Estrada e Rodagem), ex-secretário de Obras de Angra dos Reis (RJ);

- Swidenberger Barbosa, odontólogo, pós-graduado em Saúde Pública, ex-membro do Conselho Nacional de Saúde e ex-secretário do Governo do Distrito Federal na gestão Cristovan Buarque;

- Sérgio Rosa, diretor da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil);

- Ildeo de Castro, professor de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro);

- Humberto Costa, candidato petista derrotado ao governo de Pernambuco e ex-deputado federal pelo Estado;

A equipe será dividida em cinco frentes de trabalho, que são: desenvolvimento, economia, área social (dividida em educação, e saúde e assistência), e análise de empresas públicas, bancos e fontes de financiamento público.

A primeira frente de trabalho cuidará das questões de Estado (como Defesa, Presidência, Justiça e segurança); a segunda trabalhará com a parte de desenvolvimento e economia; a terceira cuidará da parte Social e é divida em um grupo para a educação e outro para a saúde e assistência; a quinta frente irá se concentrar na análise de empresas públicas, bancos e fontes de financiamento público. Esses grupos produzirão documentos com diagnósticos dessas áreas, que serão entregues a Lula.

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