A dívida externa total do país caiu em setembro. Ela somou 218,77 bilhões de reais, contra o estoque de julho de 218, 85 bilhões de reais. A cifra, entretanto, não inclui os empréstimos entre empresas, que totalizavam 18,8 bilhões de dólares e elevariam a dívida para 238,54 bilhões de reais. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19/12) pelo Banco Central.

Segundo o banco, a dívida de médio e longo prazos chegou a 200,8 bilhões de dólares versus 191,6 bilhões de dólares do estoque de junho. O aumento, explicou o BC, é um reflexo de desembolso de 2,9 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em contrapartida, a dívida de curto prazo caiu de 21,2 bilhões de dólares em junho para 17,95 bilhões de dólares em setembro.

O Banco Central também divulgou que houve um déficit de 214 milhões de dólares na balança de pagamentos do país no mês de novembro devido às transações correntes e conta financeira que, juntas, registraram saída líquida de 372 milhões de dólares. Colaborou também para o déficit, o saldo da balança comercial de 1,7 bilhão de dólares, menor que nos meses anteriores.

Entre os resultados positivos, o BC também divulgou, por meio da Agência Brasil, que em novembro o país recebeu 1,98 bilhão de dólares em investimentos estrangeiros diretos. O resultado é o melhor desde abril de 2002. Para dezembro, a expectativa do banco é que os aportes somem 1 bilhão de dólares. Até o dia de ontem, os investimentos somavam 840 milhões de dólares em câmbio liquidado. Para o ano de 2003, a estimativa para o valor total dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil é de cerca de 10 bilhões de dólares, uma revisão sob a última estimativa de 9,6 bilhões de dólares.