Economia

Dívida bruta do governo fica em 73,5% do PIB em dezembro, menor patamar desde 2017

De acordo com o BC, a dívida bruta – que compreende o governo federal, INSS, governos estaduais e municipais – equivale a R$ 7,2 trilhões

Economia Brasileira; PIB do Brasil; Moeda (Getty Images/Getty Images)

Economia Brasileira; PIB do Brasil; Moeda (Getty Images/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 12h00.

O Banco Central informou nesta segunda-feira que a dívida bruta do país fechou 2022 representando 73,5% do PIB. Esse resultado de dezembro é a menor proporção desde julho de 2017, quando a relação entre dívida pública e o PIB era de 73,18%.

O dado também indica que o governo de Jair Bolsonaro conseguiu cumprir a promessa de entregar o país com um endividamento menor que o encontrou. Em dezembro de 2018 a dívida bruta era o equivalente a 75,27% do PIB. O desafio foi ainda maior por causa dos gastos extras com a pandemia da Covid-19, que levou a dívida pública ao pico de 87,57% do PIB em outubro de 2020.

De acordo com o BC, a dívida bruta – que compreende o governo federal, INSS, governos estaduais e municipais – equivale a R$ 7,2 trilhões. Ao longo de 2022, esse montante caiu 4,8 pontos percentuais (p.p.), reflexo do avanço do PIB nominal, de resgates líquidos de dúvida e da incorporação de juros. No ano passado o governo também pressionou o BNDES a devolver empréstimos à União, o que pode ter contribuído para a redução do endividamento relativo do país no ano passado.

Ainda de acordo com o BC, o governo central fechou 2022 com superávit de R$ 54,9 bilhões. Ao considerar o resultado do setor público consolidado – que compreende o governo federal, estados e municípios e INSS – o resultado foi de um superávit de R$ 126 bilhões, ante um resultado positivo de R$ 64,7 bilhões em 2021.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaeconomia-brasileiraGoverno Bolsonaro

Mais de Economia

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor

Opinião: nem as SAFs escapam da reforma tributária