Economia

Distribuidores de aço estão pessimistas com 2º semestre

Usinas estão enfrentando menores encomendas e as distribuidoras temem que a fraca demanda possa levar a mais estoques indesejados, disse presidente do Inda


	Aço: para presidente do Inda, números confirmam profundidade da crise em siderúrgicas nacionais
 (Rich Press/Bloomberg)

Aço: para presidente do Inda, números confirmam profundidade da crise em siderúrgicas nacionais (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 14h12.

São Paulo - As vendas de produtos de aço plano no Brasil continuarão lentas este ano, segundo as distribuidoras, que veem com pessimismo os preços e margens de lucro para o setor, disse um executivo da indústria nesta terça-feira.

As usinas estão enfrentando menores encomendas e as distribuidoras temem que a fraca demanda possa levar a mais estoques indesejados a não ser que a atividade industrial melhore, disse Carlos Loureiro, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, o Inda.

O desempenho "decepcionante" de segmentos como montadoras de automóveis e indústria de máquinas está prejudicando as vendas e as margens dos distribuidores, fazendo as perspectivas para preços serem "muito incertas neste momento", disse Loureiro em entrevista coletiva.

Segundo Loureiro, os números confirmam a profundidade da crise na indústria siderúrgica nacional, que sofre com inflação e uma economia estagnada.

O estoques permanecem muito altos, disse Loureiro, acrescentando que o estoque "ideal" agora seria de cerca de 2,5 meses de vendas.

Ele não vê espaço para possíveis reduções de preços, apesar da falta de demanda. "Seria inútil; você pode reduzir os preços para uma série de produtos, mas não vejo a demanda reagindo".

"Não vejo elasticidade para a demanda reagir a cortes de preços. Está tudo parado", acrescentou.

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