Economia

Disputa comercial EUA-China favorece o Brasil, diz presidente do Minerva

Para executivo, mudança na política dos EUA aproximará fornecedores de produtos na América do Sul, onde custos são mais baixos, de possíveis compradores

Minerva: presidente da companhia disse que China irá importar cerca de 1,2 mi de toneladas de carne bovina neste ano, 23 por cento a mais do que em 2017 (Ricardo Benichio/Exame)

Minerva: presidente da companhia disse que China irá importar cerca de 1,2 mi de toneladas de carne bovina neste ano, 23 por cento a mais do que em 2017 (Ricardo Benichio/Exame)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 18h11.

Última atualização em 24 de julho de 2018 às 18h11.

São Paulo - A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China é boa para o Brasil, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da processadora de carne bovina Minerva, já que a disputa cria oportunidades para exportadores de alimentos da América do Sul.

A mudança na política de comércio exterior norte-americana irá aproximar os fornecedores de produtos na América do Sul, onde os custos são mais baixos, de possíveis compradores, disse Fernando Galletti de Queiroz nos bastidores do Fórum Global do Agronegócio, em São Paulo.

"Com os EUA assumindo uma posição mais dura no comércio, há oportunidades para os importadores e produtores de commodities agrícolas na América do Sul terem uma ponte mais sólida", disse Queiroz. "A guerra comercial é favorável para o Brasil."

Durante sua apresentação mais cedo na conferência, Queiroz disse que a China irá importar cerca de 1,2 milhão de toneladas de carne bovina neste ano, 23 por cento a mais do que em 2017. A demanda também está crescendo no Oriente Médio, onde a expansão no consumo de carne deve ser de 47 por cento em este ano, acrescentou.

Em relação aos embargos comerciais, Queiroz disse que é possível que a Rússia suspenda a proibição de importação de carne bovina brasileira, imposta em dezembro, quando a Rússia alegou que foram achados traços de um aditivo alimentício proibido, a ractopamina, nos envios.

"Provavelmente, nós teremos boas notícias da Rússia este ano", disse Queiroz.

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