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Discurso de privatizar Eletrobras é "para fora", diz Elena Landau

Segundo ela, é inadmissível que "com um decreto, um governo acabe com uma empresa"

Eletrobras: economista disse que o processo de privatização da estatal, atualmente em curso, esbarra em "fogo amigo" (Pilar Olivares/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 15h37.

São Paulo - A economista e advogada Elena Landau, membro do conselho do Livres e ex-presidente do Conselho de Administração da Eletrobras , afirmou que o processo de privatização da estatal, atualmente em curso, esbarra em "fogo amigo".

Ao discutir no Fóruns Estadão - Caminhos para Reconstrução do Brasil, a burocracia pela qual um projeto de desestatização passa até se tornar viável, a economista disse que, no caso específico da Eletrobras, o discurso de privatização é "para fora". "Dentro não há vontade."

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Segundo ela, após presidir o Conselho de Administração da Eletrobras, ela ficou mais radical com a privatização, porque é inadmissível que "com um decreto, um governo acabe com uma empresa".

A economista ainda disse que essa experiência mostrou que a incompetência gerou mais prejuízos que a corrupção.

Durante o debate, a economista ainda lembrou que, dentro da agenda de privatização, é necessário pensar na diminuição do espaço dos bancos públicos.

Segundo ela, abrir os bancos públicos, estabelecendo quem serão os órgãos ou empresas responsáveis para dar continuidade às ações exclusivas desses bancos hoje, pode ser a parte mais difícil. "Temos que sair dessa armadilha que sem BNDES não tem investimento."

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