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Dinamarca quer criar "imposto do churrasco"

O Conselho de Ética do parlamento dinamarquês recomendou, na sua última sessão, que o país adote um imposto específico para a carne bovina

Carne: a conclusão do grupo foi que, sem diminuir o consumo de carne, é impossível atingir o objetivo do acordo mundial (ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 11h14.

Não faz nem um mês que 177 países assinaram o Acordo de Paris, em que se comprometeram a limitar o aquecimento global a 2ºC até o fim do século.

Mas a Dinamarca já está pronta para agir - com uma medida que pode chatear os fãs de um bom bife.

O Conselho de Ética do parlamento dinamarquês recomendou, na sua última sessão, que o país adote um imposto específico para a carne bovina.

Isso porque a criação de gado é responsável por cerca de 10% das emissões de gases estufa, que provocam o aquecimento global.

A conclusão do grupo foi que, sem diminuir o consumo de carne, é impossível atingir o objetivo do acordo mundial.

Com a mudança, eles imaginam que a indústria de alimentos reduza sua emissão de gases prejudiciais entre 20% e 35%.

E o imposto não recairia sobre o produtor de gado - eles querem cobrar a nova taxa direto do consumidor e, através do aumento do preço, levar a população a comer menos carne bovina.

A recomendação, afinal, veio do Conselho de Ética, e a opinião da maioria dos membros é que os dinamarqueses têm uma obrigação moral de comer de formas mais sustentáveis para o planeta.

A medida pode parecer radical, mas chamar a atenção para a influência do gado no aumento do efeito estufa é urgente.

Bois e vacas produzem gás metano, que é 84 vezes mais prejudicial ao aquecimento global do que o CO2 emitido pelos carros - ele não só leva o planeta a conservar muito mais calor como dura muito mais tempo na atmosfera.

Assim, mesmo abrindo mão de combustíveis fosseis para o transporte, ainda há muito trabalho a fazer - e isso só para segurar o aumento da temperatura a menos de 2ºC, limite que vários cientistas acreditam que não será possível manter.

O que defende a Dinamarca é que a luta contra o aquecimento global seja feita em um novo lugar: o supermercado.

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A conclusão do grupo foi que, sem diminuir o consumo de carne, é impossível atingir o objetivo do acordo mundial.

Com a mudança, eles imaginam que a indústria de alimentos reduza sua emissão de gases prejudiciais entre 20% e 35%.

E o imposto não recairia sobre o produtor de gado - eles querem cobrar a nova taxa direto do consumidor e, através do aumento do preço, levar a população a comer menos carne bovina.

A recomendação, afinal, veio do Conselho de Ética, e a opinião da maioria dos membros é que os dinamarqueses têm uma obrigação moral de comer de formas mais sustentáveis para o planeta.

A medida pode parecer radical, mas chamar a atenção para a influência do gado no aumento do efeito estufa é urgente.

Bois e vacas produzem gás metano, que é 84 vezes mais prejudicial ao aquecimento global do que o CO2 emitido pelos carros - ele não só leva o planeta a conservar muito mais calor como dura muito mais tempo na atmosfera.

Assim, mesmo abrindo mão de combustíveis fosseis para o transporte, ainda há muito trabalho a fazer - e isso só para segurar o aumento da temperatura a menos de 2ºC, limite que vários cientistas acreditam que não será possível manter.

O que defende a Dinamarca é que a luta contra o aquecimento global seja feita em um novo lugar: o supermercado.

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