Economia

Dilma diz que R$ 133 bi são decisivos para desatar nós

Montante bilionário anunciado pelo governo faz parte do Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias


	Dilma disse ainda que, com a criação do operador ferroviário independente, o país quer uma logística competitiva, que não tenha donos
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma disse ainda que, com a criação do operador ferroviário independente, o país quer uma logística competitiva, que não tenha donos (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 13h07.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse que os R$ 133 bilhões de investimentos previstos no Programa de Investimentos em Logística: rodovias e ferrovias, anunciado nesta quarta-feira, são decisivos para desatar vários nós. "Acreditamos que, com os R$ 42 bilhões que vamos aplicar duplicando 7,5 mil quilômetros de rodovias e também com os nossos investimentos de R$ 91 bilhões nas ferrovias, vamos recuperar nossa capacidade. Porque estamos resgatando um modal que por vários motivos esteve paralisado, que é o ferroviário", afirmou.

Dilma disse ainda que, com a criação do operador ferroviário independente, o país quer uma logística competitiva, que não tenha donos. "Que haja neutralidade entre quem oferece capacidade e quem transporta a carga. É a Valec comprando capacidade, portanto, reduzindo o risco do negócio". Dilma avaliou que o Brasil oferece hoje oportunidades "extraordinárias" de investimento. "Digo a investidores que o Brasil tem ótimas oportunidades, com ambiente de estabilidade. As parcerias que estamos propondo hoje são muito atraentes em termos de rentabilidade e risco."

Ela afirmou que o governo não está se desfazendo de patrimônio público para reduzir dívida ou fazer caixa. "É para beneficiar a população e saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos de logística." "Nosso propósito com esse programa e com os que anunciaremos na sequência, para aeroportos e portos, é nos unirmos aos concessionários e reforçar o planejamento do Estado", completou.

Crescimento

Segundo a presidente, desde 2003 o Brasil adotou um modelo de desenvolvimento baseado em crescimento, estabilidade e inclusão social. "Crescemos a ponto de, com tudo que herdamos do passado, nos tornar a sexta economia mundial. E temos condições de galgar postos ainda mais avançados nesse ranking de economias desenvolvidas e emergentes", afirmou.

A presidente disse também que o governo preservou a estabilidade econômica e conseguiu combater e derrotar a inflação. E que o País tem uma situação bastante estável e uma relação dívida/PIB cadente. Destacou que o governo tem zelado pelo rigoroso respeito aos contratos e tem sido disciplinado nos gastos.

"Recentemente começamos a buscar juros compatíveis com nossa situação macroeconômica e com a importância de nossa economia, e estamos convergindo para patamares próximos dos internacionais", afirmou. A presidente afirmou também que o emprego cresceu e que foi assegurada a expansão da renda dos trabalhadores. "Promovemos ascensão de 40 milhões de pessoas para a classe média e estamos reduzindo a miséria."


Nova etapa

Para Dilma, o País inicia uma etapa da qual sairá mais rico, forte, moderno e competitivo e que dará à economia o tamanho que ela merece. "Teremos finalmente uma infraestrutura compatível com o tamanho do país", afirmou.

Dilma destacou que a criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), por meio de Medida Provisória (MP) que transformará a Empresa de Trem de Alta Velocidade (Etav) em EPL, será fundamental nessa nova etapa. "Com ela, vamos recuperar a capacidade de planejamento integrado na logística, de projetar a médio e longo prazos um sistema de transportes eficiente e compatível com o desenvolvimento sustentável", afirmou. "Começamos com rodovias e ferrovias, mas obviamente vamos cuidar de aeroportos, portos e hidrovias."

Dilma disse que o País precisa que seus modais atuem em conjunto, olhando os interesses do setor privado e de toda a população, e integrando as cadeias produtivas considerando as melhores opções de cada região. "Essa é uma tarefa de Estado que vamos fortalecer em benefícios de nossa economia. Investimento é a palavra-chave para melhorar e expandir nossa infraestrutura logística."

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEstradasFerroviasGoverno DilmaInfraestruturaInvestimentos de empresasPAC – Programa de Aceleração do CrescimentoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSetor de transporteTransporte e logísticaTransportes

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor