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Dilma defende BNDES e bancos públicos em coletiva

Presidente chamou de "leviandade" a forma que os adversários vêm tratando o BNDES na campanha

Presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, participa de entrevista no Palácio da Alvorada (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 20h34.

São Paulo - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) escolheu como tema para coletiva de imprensa cedida nesta segunda-feira, 29, o BNDES e os bancos públicos.

Dilma defendeu a política do banco de fomento em seu governo e chamou de "leviandade" a forma que os adversários vêm tratando o BNDES na campanha.

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Dilma citou os adversários Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), alegando que os dois propõem reduzir o financiamento por meio de bancos públicos, o que colocaria em risco programas como Minha Casa, Minha Vida e o Fies, de financiamento estudantil.

"É uma temeridade essa discussão a respeito da redução do papel dos bancos públicos, seria tirar o maior instrumento de financiamento de longo prazo", afirmou.

"Um fala em reduzir tamanho e outro fala diminuir o papel dos bancos públicos", disse Dilma sobre Aécio e Marina.

Questionada sobre a chamada política de benefício a empresas "campeãs nacionais" pelo banco de desenvolvimento, Dilma disse que se trata de um "factoide" e repetiu um dado que havia apresentado em sua fala de abertura da coletiva - de que, das mil maiores empresas brasileiras, 783 tem financiamento do banco.

"É um factoide para carimbar no BNDES algo que não deve ser carimbado, que o BNDES privilegia este ou aquele. O banco não faz isso", afirmou a presidente.

O mercado chama de "política de campeãs nacionais" a atuação do banco de emprestar, com juros subsidiados, a maior fatia de seus recursos a empresas grandes, chamadas de "campeãs", em vez de pulverizar o crédito para pequenas e médias empresas.

Dilma chamou o BNDES de patrimônio brasileiro e disse que a instituição, assim como outros bancos públicos, desempenha um papel importante e anticíclico, permitindo investimentos em momentos de crise econômica.

Afirmou ainda que praticamente todas as grandes obras do País, de aeroportos, rodovias, ferrovias, só são possíveis com financiamento da instituição.

"O BNDES não é um banco qualquer, é um banco de grande porte", disse ao lembrar que o BNDES fica atrás apenas dos bancos de desenvolvimento da China e da Alemanha, com ativos de U$ 368 bilhões.

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