Economia

Dilma conversa com Kirchner sobre área de livre comércio

No encontro, também estarão em discussão temas relativos ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul)


	O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota: Patriota acrescentou ainda que o ideal é buscar uma aproximação com a China que promova benefícios
 (Evaristo Sa/AFP)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota: Patriota acrescentou ainda que o ideal é buscar uma aproximação com a China que promova benefícios (Evaristo Sa/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h10.

Brasília – As presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, devem conversar hoje (29), em Los Cardales, a 80 quilômetros de Buenos Aires, sobre as medidas para negociar uma área de livre comércio na América do Sul até 2019. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje que o cronograma, que começou a ser negociado em 2003, está avançado.

No encontro, também estarão em discussão temas relativos ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Dilma almoça com Cristina e, em seguida, retorna a Brasília. Ela também foi a Buenos Aires para participar da 23ª Conferência Industrial Argentina, promovida pela União Industrial Argentina, cujo tema é a relação entre as duas principais economias do Mercosul.

“As duas exceções são a Guiana e o Suriname, que levarão na prática uma eventual área de livre comércio até 2019”, disse Patriota, antes da chegada da presidente à Argentina. “[O estudo é feito] com base na moldura fornecida pela Aladi [Associação Latino-Americana de Integração], digressão progressiva até 2019. É um cronograma que já foi negociado, não é novidade.”

Patriota analisou o tema durante a Conferência Industrial Argentina para empresários brasileiros e argentinos. Segundo o chanceler, os estudos estão avançados, pois, com o Chile, por exemplo, 98% do comércio com o Mercosul é livre. As articulações também caminham de forma progressiva, de acordo com ele, com o Peru e a Venezuela.

Ao ser perguntado se a China, como potência econômica, atrapalha o avanço dos planos de adoção da área de livre comércio, Patriota negou os riscos. O chanceler disse que é necessário avaliar a China e seu potencial como um novo fator.

“A China é um novo fator na nossa equação brasileira e regional”, destacou ele. “É um fator que oferece enormes oportunidades. Nós [o Brasil] somos um dos poucos países que têm superávit comercial [com a China], que não é pequeno, chegou a US$ 10 milhões”, disse ele.

Patriota acrescentou ainda que o ideal é buscar uma aproximação com a China que promova benefícios. No caso do Brasil,o esforço é para ampliar e diversificar a pauta exportadora, assim como atraindo mais investimentos dos chineses para o país.

A presidente Dilma Rousseff passa o dia hoje (28) em Buenos Aires, capital da Argentina. Dilma tem reuniões com a presidente Cristina Kirchner e participa da 23ª Conferência Industrial Argentina. A conferência é promovida pela União Industrial Argentina, equivalente à Confederação Nacional da Indústria, e o tema neste ano é Argentina e Brasil: Integração e Desenvolvimento ou o Risco da Primarização.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCristina KirchnerDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação