Economia

Dilma considera precipitado rebaixamento de nota dos EUA

Segundo a presidente, Standard and Poor’s foi apressada e errou nos cálculos ao diminuir a nota americana

Dilma não gostou do rebaixamento da nota feito pela Standard and Poor’s (Wilson Dias/ABr)

Dilma não gostou do rebaixamento da nota feito pela Standard and Poor’s (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 14h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje (8) que considerou precipitado o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de classificação de riscos Standard and Poor’s. O rebaixamento, ocorrido na última sexta-feira (5), gerou incerteza nos mercados financeiros e bolsas de valores em todo o mundo operam em baixa hoje, em reação à decisão.

“Podemos deixar claro que não compartilhamos com a avaliação um tanto quanto rápida e, diria, não correta da agência que diminui o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos”, destacou em declaração à imprensa após reunião com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper. Em seguida, durante entrevista a jornalistas, a presidente disse que as avaliações apontam que houve erro nos cálculos feitos pela agência que resultaram no rebaixamento da nota norte-americana. "Em um momento desses não se pode tomar atitudes dessas que não tem base real."

Na conversa com o primeiro ministro do Canadá, Stephen Harper, a presidente falou sobre a preocupação com o que ela classificou de “deterioração” da situação econômica mundial. “Expressei ao primeiro-ministro nossa preocupações com a deterioração da situação economia e financeira internacional. Políticas monetárias unilaterais, insensatez política na condução da economia, ajustes fiscais não completos comprometem o crescimento da economia mundial.”

Dilma ressaltou que é preciso ter clareza de que o Brasil não está imune à crise financeira internacional, mas tem condições de enfrentar o desafio. “Temos clareza de que não somos imunes, não vivemos numa ilha, mas o Brasil tem força suficiente para fazer frente a essa conjuntura”, disse .

A mudança na nota dos Estados Unidos, que passou de AAA para AA+, gerou incerteza ao piorar a nota do país que sempre foi considerado o melhor pagador entre os que emitem papéis para vender e pegar dinheiro emprestado no mercado financeiro.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPaíses ricosAmérica LatinaEstados Unidos (EUA)Dados de BrasilEndividamento de países

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro