Economia

DF tem desemprego maior que a média nacional

De acordo com pesquisa do Ipea, a taxa de desemprego na federação foi de 11% em 2009, maior que a média de 9,2% do Brasil

O rendimento médio, entretanto, é maior que a média nacional. O trabalhador ganha uma remuneração de R$ 2.245,95, enquanto a média nacional é de R$ 1.116,39 (Daniela de Lamare)

O rendimento médio, entretanto, é maior que a média nacional. O trabalhador ganha uma remuneração de R$ 2.245,95, enquanto a média nacional é de R$ 1.116,39 (Daniela de Lamare)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 09h46.

Brasília - A taxa de desemprego na capital federal caiu entre 2001 e 2009, mas os patamares são bastante superiores aos do Centro-Oeste e do Brasil, de acordo com a pesquisa Situação Social Nos Estados, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada hoje (19), em Brasília. Em 2001, a taxa era 14,1%, tendo caído para 11% em 2009. No Centro-Oeste, o percentual era 8,5% em 2001 e 7,6% em 2009; para o Brasil, o índice ficou em 9,2% e 8,2%, respectivamente.

No quesito qualidade dos postos de trabalho, particularmente no que se refere à remuneração, o Distrito Federal encontra-se em situação favorável em relação às médias nacional e do Centro-Oeste. O rendimento médio do trabalhador no Distrito Federal era R$ 1.815,29 em 2001 (no Brasil, essa média era R$ 1.039,41 e no Centro-Oeste, R$ 1.124,28) e em 2009, passou para R$ 2.245,95, no DF; R$ 1.116,39 (Brasil) e R$ 1.326,09 (Centro-Oeste).

Essa situação de vantagem é reduzida quando se analisa a zona rural. No Distrito Federal, os pesquisadores do Ipea constataram que o rendimento do trabalhador rural era R$ 1.160,01 em 2001 e de R$ 1.013,68 em 2009. Entretanto, mesmo com a queda que sofreram no período, os rendimentos rurais superam bastante seus correlatos nacionais (R$ 488,46 e R$ 625,45) e do Centro-Oeste (R$ 670,80 e R$ 845,11), naqueles anos.

O Distrito Federal tem escolaridade – medida pela média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais – superior à do Centro-Oeste e à nacional em todos os anos, de 2001 a 2009. Nessa unidade da Federação, essas médias são 8,2 e 9,6 anos de estudo, enquanto, na região, elas caem para 6,5 e 7,9 anos e, no país ficam em 6,4 e 7,5 anos, respectivamente.

Entretanto, se considerarmos o crescimento de ponta a ponta no período, nota-se que o Distrito Federal teve desempenho (16,9%) inferior ao nacional (18,7%) e ao do Centro-Oeste (20,6%). A população rural do Distrito Federal encontrava-se, em 2009, com escolaridade de 7,2 anos de estudo.

Outro indicador considerado na pesquisa do Ipea é a taxa de homicídio masculina (número de mortes por 100 mil habitantes), para a faixa etária de 15 a 29 anos. No caso do Brasil, ela caiu de 101,4 em 2001 para 94,3 em 2007. O Distrito Federal também apresenta tendência de queda, apesar de os números serem bem mais elevados (130,1 em 2001 e 120,9 em 2009) que os nacionais e regionais. No Centro-Oeste, esse tipo de violência segue trajetória de ascensão, ainda que em patamares mais baixos que os exibidos no Distrito Federal (89,8 e 96,5, em 2001 e 2007, respectivamente).

Acompanhe tudo sobre:Brasíliacidades-brasileirasDesemprego

Mais de Economia

Alckmin: reforma tributária vai ampliar investimentos e exportações

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 4 bi em junho, mostra Banco Central

Arrecadação federal cresce 11,02% em junho e chega a R$ 208,8 bilhões

Plano Real, 30 anos: Carlos Vieira e o efeito desigual da hiperinflação no povo

Mais na Exame