Economia

Despesa com inadimplência no cartão cresce 27,6%

O dado faz parte do Adendo Estatístico ao Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central

Uso de cartão para pagamento: a Redecard segue investindo na expansão de bandeiras (Getty Images)

Uso de cartão para pagamento: a Redecard segue investindo na expansão de bandeiras (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 21h44.

Brasília - As despesas com inadimplência representaram 34% dos custos totais dos emissores de cartão de crédito em 2011. O valor representa aumento de 27,6% em relação a 2010. O dado faz parte do Adendo Estatístico ao Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda. Essas despesas somaram R$ 124 milhões no ano passado, valor recorde na série iniciada em 2005.

O relatório apontou ainda que quase metade dos gastos no cartão de crédito em 2011 foi feita na forma do "parcelado sem juros". Cerca de 45% das transações foram feitas nesta modalidade no ano passado, um porcentual recorde. Em relação ao número de transações, a participação ficou estável na comparação com 2010, em 20%. Isso significa que houve aumento nos valores financiados.

No relatório, o governo disse que o País "é o único do mundo" que tem esse tipo de crédito. "Uma possível explicação para a grande utilização do parcelado lojista seria o fato de o consumidor não observar o custo implícito do financiamento concedido, que, quase sempre está embutido no preço dos bens ou serviços ofertados", disse o relatório.

Já o valor financiado via crédito rotativo representou cerca de 10% dos gastos no cartão no ano passado, participação que vem se mantendo praticamente estável desde 2008.

Acompanhe tudo sobre:Cartões de créditoInadimplênciaIndicadores econômicossetor-de-cartoes

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame