Desonerações da folha de pagamento, da Cide-Combustíveis, IPI de automóveis e IOF para o crédito de pessoa física contribuíram com um resultado negativo (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 11h24.
Brasília - O coordenador de previsão e análise da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, explicou na manhã desta sexta-feira que as desonerações da folha de pagamento, da Cide-Combustíveis, IPI de automóveis e IOF para o crédito de pessoa física contribuíram com um resultado negativo para a arrecadação de setembro de R$ 2,218 bilhões na comparação com o mesmo mês de 2011. No mesmo período de comparação, o impacto negativo do Refis da Crise foi de R$ 899 milhões.
"Esses três fatores contribuíram com menos R$ 3 bilhões para o resultado do mês", disse o coordenador. "Sabíamos que a partir de setembro a desoneração da folha entraria em vigor e que isso teria reflexo na arrecadação. Já se previa que as alíquotas menores fatalmente levariam a uma redução da arrecadação", comentou.
De acordo com o Carvalho, o resultado dos rendimentos de trabalho em setembro está praticamente idêntico ao do mesmo mês do ano passado. "Mas deveria estar crescendo com o aumento da massa salarial não fosse a desoneração", salientou. De acordo com ele, o aumento da massa foi de cerca de 13%.