Desestatização da Eletrobras deve ser concluída até junho de 2018
A proposta de privatização disparou as ações da estatal mais de 20 por cento na B3, enquanto as ordinárias estavam cerca de 40 por cento
Reuters
Publicado em 22 de agosto de 2017 às 15h26.
Última atualização em 22 de agosto de 2017 às 18h49.
Brasília - O processo de desestatização da Eletrobras , anunciado pelo governo federal, deverá estar concluído até o final do primeiro semestre do ano que vem, deixando a empresa mais competitiva para enfrentar "players" globais que estão ingressando no setor do Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta terça-feira.
A proposta de privatização, anunciada na véspera, será apresentada ao Programa de Parcerias de Investimentos na quarta-feira, um movimento que deve disparar estudos para o detalhamento dos caminhos a serem perseguidos no processo, acrescentou Coelho Filho, em entrevista a jornalistas.
As ações preferenciais disparavam mais de 20 por cento na B3, enquanto as ordinárias estavam cerca de 40 por cento, às 12:13, apesar de incertezas sobre como será o processo em que a União abrirá mão de seu controle.
A desestatização da elétrica poderia ser por venda de controle ou por emissão e diluição de ações, comentou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, durante e coletiva de imprensa.
Segundo Guardia, a modelagem relativa à desestatização "não pode" ser adiantada ainda, nem qual será a forma e nem a participação final da União.
De acordo com o secretário, a desestatização da Eletrobras não configura receita primária para o governo, enquanto Coelho Filho ressaltou que o processo não é apenas por questões arrecadatórias.