Dados de desemprego saem hoje e devem influenciar nas eleições
Nesta quarta-feira é divulgado o dado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, de novembro
EXAME Hoje
Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 06h52.
Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 07h30.
Nesta quarta-feira é divulgado o dado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, de novembro. A mediana das estimativas de analistas é uma criação de 13.600 postos de trabalho, um número menor do que as 76.600 vagas criadas em outubro. Com a chegada de 2018, os dados de desemprego devem ser acompanhados cada vez mais de perto por seu peso na decisão de voto dos eleitores.
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O ministério do Trabalho está otimista com a evolução do emprego. Na semana passada, Helton Yomura, secretário-executivo da pasta, afirmou que espera um resultado expressivo para o indicador. “Depositamos muita esperança de que no dia 20 de dezembro, quando serão divulgados dados do Caged de novembro, tenhamos um resultado muito expressivo”, afirmou ele em evento em São Paulo.
O desemprego tem caído nos últimos meses. Depois de atingir um pico de 13,7% no final do primeiro trimestre do ano, fechou outubro em 12,2%, com 12,7 milhões na procura por trabalho. Com a melhora no mercado de trabalho o governo ganha margem para emplacar um eventual candidato nas eleições do ano que vem.
Historicamente, taxas de desemprego elevadas tendem a favorecer candidatos de esquerda, assim como inflação elevada e descontrole econômico jogam a favor de candidatos de direita.Em 2002, quando Lula foi eleito, a taxa de desemprego era de 12,6%.Naquele ano, o desemprego foi decisivo para o processo eleitoral e Lula levou o pleito com uma plataforma que prometia gerar 10 milhões de empregos.
Mas essa análise depende tanto da evolução dos números quanto de sua leitura nominal. Em 2002, Lula ganhou num momento de pico no desemprego. Desta vez, as quedas recentes, mesmo que tímidas, aumentam a confiança dos trabalhadores e, consequentemente, podem impactar sua decisão eleitoral. Quando os brasileiros forem às urnas, em 2018, o desemprego estará ainda mais baixo. Candidatos de direita, de centro e de esquerda tentarão usar os números a seu favor. A ver quem terá mais sucesso.