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Desemprego em queda: bom para o Brasil, ruim para o BC

A menor taxa da série histórica do IBGE aumenta a pressão sobre os juros

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 09h03.

São Paulo - A divulgação pelo IBGE de que o Brasil teve menor <a href="http://portalexame.com/economia/noticias/taxa-desemprego-cai-7-3-abril-563916.html">taxa de desemprego para um mês de abril</a> ratifica a avaliação consensual de que a economia brasileira está "bombando". Renda, emprego e crédito impulsionam o mercado interno.</p>

Dados preliminares de consultorias e do próprio Banco Central mostram que o Brasil cresceu num ritmo chinês no primeiro trimestre (o dado oficial do IBGE será divulgado no dia 8 de junho). Para o ano, as previsões para a expansão do PIB variam de 5% a 8%, com a maioria dos analistas apostando na casa dos 6,5%.

É fato que ninguém pode afirmar qual é o nosso PIB potencial, ou seja, patamar a partir do qual o crescimento econômico gera inflação. Porém, poucos economistas acreditam que uma expansão superior a 6% seja saudável nas condições de infraestrutura.

O Brasil, ao contrário da China, poupa e investe pouco, ressaltou recentemente a revista britânica The Economist. Não é à toa que o mesmo boletim Focus que projeta alta de 6,46% para o PIB, estima inflação de 5,67%, ou seja, acima do centro da meta (4,5%).

Neste cenário, ganham força as apostas em torno de uma elevação de um ponto percentual na próxima reunião do Copom, em junho.  Notícias como essa sobre a queda do desemprego são boas para o Brasil, mas ruim para o Banco Central, que fica ainda mais pressionado a acelerar o aperto monetário num contexto de pouca disposição do governo em cortar gastos.

O título do relatório da LCA Consultores divulgado nesta quinta-feira (27) resume o quadro: "Nova queda na taxa de desocupação aumenta as chances de a autoridade monetária intensificar o ritmo de elevação da Selic". Com a palavra, o Banco Central. 

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