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Desafio de latinos é crescer com inclusão, diz Clinton

O ex-presidente americano Bill Clinton disse que o desafio que surge para a América Latina é acelerar o crescimento sem deixar de reduzir as desigualdades

Bill Clinton: "é necessário acelerar o crescimento e ao mesmo tempo seguir reduzindo as desigualdades", afirmou (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 13h16.

Rio de Janeiro - O ex-presidente americano Bill Clinton disse nesta segunda-feira que, após vários anos de bem-sucedidos programas de redução da pobreza com crescimento, o desafio que surge para a América Latina é acelerar o crescimento sem deixar de reduzir as desigualdades.

"É necessário acelerar o crescimento e ao mesmo tempo seguir reduzindo as desigualdades", afirmou o ex-mandatário ao inaugurar o primeiro encontro regional para a América Latina da Iniciativa Global Clinton(CGI, por sua sigla em inglês), entidade que fundou e preside, realizado no Rio de Janeiro.

Segundo Clinton, nos últimos dez anos a América Latina conseguiu tirar da pobreza 70 milhões de pessoas e fazer com que 50 milhões chegassem à classe média, assim como crescer no meio da crise econômica internacional que começou em 2008.

"A grande pergunta que temos que fazer é como acelerar esse crescimento e incluir mais pessoas no meio de uma crise global de desemprego?", perguntou.

O ex-mandatário admitiu que no mundo todo há atualmente uma crise de emprego e países como a Espanha, onde a taxa de desemprego dos jovens dobra a da população em geral, sofrem uma "imensa perda da capacidade produtiva".

Segundo o ex-presidente, uma das estratégias para crescer e incluir passa pela associação entre os Governos, empresas e organizações da sociedade civil para desenvolver projetos conjuntos que garantam um desenvolvimento sustentável, como os impulsionados pela CGI no mundo todo.


Na opinião de Clinton, o déficit em investimentos em infraestrutura na América Latina pode ser reduzido se os Governos da região alinharem as normas para o investimento privado nessa área.

"Esses projetos podem ser iniciados se os Governos da região estabelecerem normas igualitárias", afirmou Clinton, que mencionou o exemplo da Austrália, onde os bancos usam dinheiro privado para investir em infraestrutura pública.

Clinton acrescentou que após três décadas dedicado à política, descobriu que tudo girava em torno de dois assuntos: "O que vai ser feito e quanto vai custar?".

"Nunca chegamos à terceira pergunta que é a mais importante do século XXI: como vamos fazer?", afirmou.

O ex-presidente acrescentou que o encontro latino-americano da CGI ajuda a responder essa pergunta porque permite conhecer experiências bem-sucedidas como as do Brasil e México para reduzir a pobreza.

De tais experiências, Clinton ressaltou uma do Governo mexicano para ampliar o acesso à universidade que permitiu que no país, com uma população menor, fossem formados mais engenheiros por ano que nos Estados Unidos.

"Nessa época não houve crescimento da migração do México rumo aos Estados Unidos", disse.

O ex-preidente também se referiu aos programas que permitiram à cidade colombiana de Medellín superar a imagem de capital mundial da droga e passar a pertencer de novo ao povo e a ser sede de reuniões de organizações internacionais.

Clinton também destacou a resposta que o Brasil deu às manifestações por melhores serviços públicos que sacudiram o país nos últimos meses.

"A Síria respondeu às manifestações com agressões à população e prisões e transformou as manifestações em uma guerra civil. O Brasil, ao contrário, conversou com a população e pediu que ajudasse a resolver os problemas", disse.

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Rio de Janeiro - O ex-presidente americano Bill Clinton disse nesta segunda-feira que, após vários anos de bem-sucedidos programas de redução da pobreza com crescimento, o desafio que surge para a América Latina é acelerar o crescimento sem deixar de reduzir as desigualdades.

"É necessário acelerar o crescimento e ao mesmo tempo seguir reduzindo as desigualdades", afirmou o ex-mandatário ao inaugurar o primeiro encontro regional para a América Latina da Iniciativa Global Clinton(CGI, por sua sigla em inglês), entidade que fundou e preside, realizado no Rio de Janeiro.

Segundo Clinton, nos últimos dez anos a América Latina conseguiu tirar da pobreza 70 milhões de pessoas e fazer com que 50 milhões chegassem à classe média, assim como crescer no meio da crise econômica internacional que começou em 2008.

"A grande pergunta que temos que fazer é como acelerar esse crescimento e incluir mais pessoas no meio de uma crise global de desemprego?", perguntou.

O ex-mandatário admitiu que no mundo todo há atualmente uma crise de emprego e países como a Espanha, onde a taxa de desemprego dos jovens dobra a da população em geral, sofrem uma "imensa perda da capacidade produtiva".

Segundo o ex-presidente, uma das estratégias para crescer e incluir passa pela associação entre os Governos, empresas e organizações da sociedade civil para desenvolver projetos conjuntos que garantam um desenvolvimento sustentável, como os impulsionados pela CGI no mundo todo.


Na opinião de Clinton, o déficit em investimentos em infraestrutura na América Latina pode ser reduzido se os Governos da região alinharem as normas para o investimento privado nessa área.

"Esses projetos podem ser iniciados se os Governos da região estabelecerem normas igualitárias", afirmou Clinton, que mencionou o exemplo da Austrália, onde os bancos usam dinheiro privado para investir em infraestrutura pública.

Clinton acrescentou que após três décadas dedicado à política, descobriu que tudo girava em torno de dois assuntos: "O que vai ser feito e quanto vai custar?".

"Nunca chegamos à terceira pergunta que é a mais importante do século XXI: como vamos fazer?", afirmou.

O ex-presidente acrescentou que o encontro latino-americano da CGI ajuda a responder essa pergunta porque permite conhecer experiências bem-sucedidas como as do Brasil e México para reduzir a pobreza.

De tais experiências, Clinton ressaltou uma do Governo mexicano para ampliar o acesso à universidade que permitiu que no país, com uma população menor, fossem formados mais engenheiros por ano que nos Estados Unidos.

"Nessa época não houve crescimento da migração do México rumo aos Estados Unidos", disse.

O ex-preidente também se referiu aos programas que permitiram à cidade colombiana de Medellín superar a imagem de capital mundial da droga e passar a pertencer de novo ao povo e a ser sede de reuniões de organizações internacionais.

Clinton também destacou a resposta que o Brasil deu às manifestações por melhores serviços públicos que sacudiram o país nos últimos meses.

"A Síria respondeu às manifestações com agressões à população e prisões e transformou as manifestações em uma guerra civil. O Brasil, ao contrário, conversou com a população e pediu que ajudasse a resolver os problemas", disse.

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