Economia

Depois dos imóveis, qual será a próxima bolha?

Custos com cuidados de saúde nos Estados Unidos crescem em “ritmo alucinante” e devem se tornar a próxima grande bolha, diz economista do Citigroup

monitor cardíaco (sxc.xchng)

monitor cardíaco (sxc.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2012 às 06h24.

São Paulo - Depois dos imóveis, já está se formando nos Estados Unidos a próxima bolha que terá impacto ainda maior na economia mundial. Segundo Steven Wieting, economista do Citigroup, o problema agora são os elevados custos com cuidados de saúde no país, que têm crescido em “ritmo alucinante”.

Os dados são preocupantes: as despesas com cuidados de saúde nos Estados Unidos crescem com mais rapidez que as receitas e a inflação neste segmento é maior que a média dos índices de preços aos consumidores. 

E isso em um país que já tem um dos mais elevados gastos per capita com saúde do mundo: em média, são 8 mil dólares por ano, duas vezes mais que Canadá, Alemanha e França, segundo Wieting. 

Em entrevista à rede de televisão americana CNBC nesta semana, o economista alertou que os efeitos dessa bolha serão piores que os provocados pelo estouro da bolha imobiliária. “Se não reconhecermos estes custos, no fim vamos ter de pagar um preço por isso”, disse Wieting.

Como boa parte dos custos com cuidados de saúde nos Estados Unidos recaem sobre as empresas e os governos, o economista acredita que a disparada desses preços vai atingir em cheio o orçamento dessas instituições.

Para manter custos tão elevados, a saída será aumentar impostos ou ver ampliar o déficit orçamentário, opções que devem resultar também em redução dos investimentos em áreas como educação e infraestrutura.

Acompanhe tudo sobre:Bolhas econômicasCrise econômicaCrises em empresasEstados Unidos (EUA)Países ricosServiçosServiços de saúdeSetor de saúde

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor