Economia

Delongas não favorecem a retomada do crescimento, diz Levy

Levy afirmou também que as receitas previstas no Orçamento aprovado mês passado não têm conexão com a realidade da arrecadação


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "Eles (os empresários) querem avançar e por isso delongas não favorecem a retomada do crescimento"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "Eles (os empresários) querem avançar e por isso delongas não favorecem a retomada do crescimento" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 13h31.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu agilidade na tramitação das medidas de ajuste fiscal no Congresso. Segundo ele, o empresariado não quer privilégios, mas precisa de clareza para se preparar para o segundo semestre do ano. 

"Eles (os empresários) querem avançar e por isso delongas não favorecem a retomada do crescimento", disse.

Segundo o ministro, os setores se prepararam para a redução da desoneração. Levy relatou que tem se encontrado com empresários de grande e médio e porte durante suas viagens e em outras ocasiões e disse que eles precisam que essas medidas sejam efetivadas logo para que possam se organizar, pensar no segundo semestre e ajustar seus custos. "É unanimidade a importância de podermos avançar nesse tema e em outros que estão no Congresso", afirmou.

Arrecadação

Levy afirmou também que as receitas previstas no Orçamento aprovado mês passado não têm conexão com a realidade da arrecadação.

Segundo o ministro, como as receitas não estão próximas do previsto, o governo precisou "cortar na carne", mas com "muita cautela e equilíbrio".

"A arrecadação não tem atendido às necessidades do governo. A arrecadação tem sobrevivido de receitas extraordinárias, como o Refis", disse. "As receitas não têm sido muito significativas. As receitas previstas no Orçamento não têm conexão com a realidade da arrecadação", acrescentou o ministro.

O ministro afirmou ainda que o governo está trabalhando para reorganizar as contas públicas. Segundo ele, há pelo menos três ações que o governo tomou para reequilibrar a economia: a primeira foi a correção de preços relativos; a segunda, o contingenciamento das despesas do Executivo, a terceira são as medidas que estão no Congresso.

A fala de Levy ocorreu no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Os dois ministros participaram nesta manhã de uma reunião da coordenação política da presidente Dilma Rousseff, também no Planalto, na qual foi discutida a estratégia para as votações do ajuste fiscal no Senado, nesta semana.

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