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Delfim: indústria de transformação está sendo 'depenada'

Para o ex-ministro da Fazenda, o Brasil corre risco de desindustrialização

"A indústria de transformação brasileira só cresceu 0,1% porque os empresários não compareceram ao trabalho", disse Delfim Netto (Carol do Valle /VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 14h41.

São Paulo - O economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto afirmou nesta terça-feira que o Brasil corre o risco de desindustrialização devido à perda de competitividade frente a produtos importados. "A indústria de transformação brasileira só cresceu 0,1% porque os empresários não compareceram ao trabalho", disse, ironicamente, para depois completar: "A indústria de transformação do Brasil está sendo depenada."

As declarações do ex-ministro foram feitas após debate sobre possíveis mudanças na remuneração da caderneta de poupança, realizado na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), na capital paulista. No evento, Delfim Netto alertou que o parque industrial brasileiro precisa ganhar competitividade a partir de reformas estruturais. A discussão, segundo ele, não se limita a discutir a redução da taxa de juros.

Uma delas, por exemplo, é a alta carga tributária do País. O ex-ministro, no entanto, se mostrou cético quanto à redução expressiva dos impostos. "É um sonho da gente achar que o Brasil vai baixar sua carga tributária", afirmou. "A Constituição do Brasil tem um objetivo quase utópico: saúde e educação universais e gratuitas. Isso significa dar igualdade e oportunidade a todo cidadão e isso exige impostos mais altos."

A solução, disse o ex-ministro Delfim Netto, está no aumento da eficiência nos gastos públicos.

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Uma delas, por exemplo, é a alta carga tributária do País. O ex-ministro, no entanto, se mostrou cético quanto à redução expressiva dos impostos. "É um sonho da gente achar que o Brasil vai baixar sua carga tributária", afirmou. "A Constituição do Brasil tem um objetivo quase utópico: saúde e educação universais e gratuitas. Isso significa dar igualdade e oportunidade a todo cidadão e isso exige impostos mais altos."

A solução, disse o ex-ministro Delfim Netto, está no aumento da eficiência nos gastos públicos.

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