Economia

Déficit na balança de materiais de construção sobe em 2013

Segundo Abramat, deficit na balança comercial no setor no primeiro quadrimestre de 2013 cresceu 14,5%

Funcionário trabalha em área de construção de prédio residencial em São Paulo: crescimento ocorreu apesar da valorização do dólar contra o real (Nacho Doce/Reuters)

Funcionário trabalha em área de construção de prédio residencial em São Paulo: crescimento ocorreu apesar da valorização do dólar contra o real (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 08h38.

São Paulo - O déficit na balança comercial brasileira no setor de materiais de construção no primeiro quadrimestre de 2013 cresceu 14,5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, afirmou a associação que representa essa indústria no país, Abramat.

O crescimento ocorreu apesar da valorização do dólar contra o real e do aumento dos impostos de importação para alguns materiais no período, informou a entidade.

No balanço geral, o avanço das importações de materiais de construção foi de 4,2 por cento em 2012, para 4,8 bilhões de dólares, contra um crescimento de 16 por cento em 2011.

Já as exportações subiram pelo terceiro ano consecutivo em 2012 e atingiram 3,6 bilhões de dólares, com alta de 3,9 por cento. Com o resultado, o déficit comercial subiu 5,3 por cento na comparação anual, chegando a cerca de 1,2 bilhão de dólares.

"A análise entre os dados de produtividade e participação das importações na oferta total sugere que o nível de competição externa se tornou excessivo e não tem contribuído com a busca sustentada de competitividade por parte da indústria de materiais", afirmou a Abramat.

De acordo com a entidade, a participação dos importados na oferta total chegou a 13 por cento no ano passado, quase o dobro do observado em 2005.

Em alguns segmentos, a representatividade das importações é muito superior ao percentual médio. É o que acontece com os materiais elétricos, em que os produtos importados responderam por 56 por cento dos produtos vendidos no país, e com o segmento de vidros, com 40 por cento de participação.

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