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Déficit anual da Previdência é o menor desde 2003

Criação de oportunidades profissionais melhoraram a média de contas previdenciárias

A entrada de capital tem crescido a uma média de 10% ao mês, em termos reais, segundo a Previdência (Bia Parreiras/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 13h44.

Brasília - A média móvel de 12 meses do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) apresentou, em março, o menor déficit desde dezembro de 2003. Segundo dados da Previdência, a necessidade de financiamento nos últimos 12 meses encerrados no mês passado foi, em média, de R$ 3,3 bilhões. Pelo mesmo cálculo, o déficit estava em R$ 3,2 bilhões há pouco mais de sete anos. "Estou encarando com certo otimismo o resultado, porque ele vem ocorrendo mês a mês", comemorou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho.

O crescimento econômico e a criação de postos de trabalho formais foram os responsáveis pela melhora das contas previdenciárias, segundo o ministro. Tanto que o ministério reduziu a projeção para o déficit com o INSS em 2011 de R$ 42 bilhões, no início do ano, para R$ 41,6 bilhões, agora. Se a estimativa for confirmada, ele representará 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o rombo da Previdência foi de R$ 42,9 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB. As premissas usadas pela Pasta são as elaboradas pelo Ministério da Fazenda para o período.

Segundo a Previdência, a arrecadação tem crescido a uma média de 10% ao mês, em termos reais, desde o início do ano, na comparação com o mesmo período de 2010. A arrecadação reflete a melhora dos salários e, principalmente, o número de vagas criadas com carteira assinada. Já as despesas com pagamentos de benefícios estão se expandindo a uma taxa média menor, de 5% ao mês no primeiro trimestre em termos reais.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê que a geração de empregos formais este ano chegue a 3 milhões de postos. Ontem, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não espera a mesma exuberância do mercado de trabalho verificada em 2010, quando foram criadas cerca de 2,5 milhões de vagas com carteira assinada. Questionado sobre qual a previsão estaria mais correta, Garibaldi preferiu manter o otimismo. "Neste aspecto, estou com o Lupi. Nem sempre estou com ele, apesar de ser meu vizinho (as duas Pastas ficam no mesmo prédio na Esplanada), pois em termos de economia, tenho que fechar com o Mantega, que entende do assunto", disse. "Acho que vamos continuar a crescer, ainda que o problema maior seja crescer sem a ameaça da inflação. Hoje é o desafio maior, mas isso é com o Mantega".

Em relação ao mês passado, um ponto que contribuiu para que o resultado não fosse tão negativo em março quanto o verificado em março do ano passado, foi a redução do pagamento de precatórios de um ano para o outro. Em 2010, foram pagos cerca de R$ 3 bilhões e, em março de 2011, R$ 200 milhões. A perspectiva do ministério é de que, em maio, o montante volte para a casa dos R$ 3 bilhões novamente.

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Brasília - A média móvel de 12 meses do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) apresentou, em março, o menor déficit desde dezembro de 2003. Segundo dados da Previdência, a necessidade de financiamento nos últimos 12 meses encerrados no mês passado foi, em média, de R$ 3,3 bilhões. Pelo mesmo cálculo, o déficit estava em R$ 3,2 bilhões há pouco mais de sete anos. "Estou encarando com certo otimismo o resultado, porque ele vem ocorrendo mês a mês", comemorou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho.

O crescimento econômico e a criação de postos de trabalho formais foram os responsáveis pela melhora das contas previdenciárias, segundo o ministro. Tanto que o ministério reduziu a projeção para o déficit com o INSS em 2011 de R$ 42 bilhões, no início do ano, para R$ 41,6 bilhões, agora. Se a estimativa for confirmada, ele representará 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o rombo da Previdência foi de R$ 42,9 bilhões, o equivalente a 1,2% do PIB. As premissas usadas pela Pasta são as elaboradas pelo Ministério da Fazenda para o período.

Segundo a Previdência, a arrecadação tem crescido a uma média de 10% ao mês, em termos reais, desde o início do ano, na comparação com o mesmo período de 2010. A arrecadação reflete a melhora dos salários e, principalmente, o número de vagas criadas com carteira assinada. Já as despesas com pagamentos de benefícios estão se expandindo a uma taxa média menor, de 5% ao mês no primeiro trimestre em termos reais.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê que a geração de empregos formais este ano chegue a 3 milhões de postos. Ontem, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não espera a mesma exuberância do mercado de trabalho verificada em 2010, quando foram criadas cerca de 2,5 milhões de vagas com carteira assinada. Questionado sobre qual a previsão estaria mais correta, Garibaldi preferiu manter o otimismo. "Neste aspecto, estou com o Lupi. Nem sempre estou com ele, apesar de ser meu vizinho (as duas Pastas ficam no mesmo prédio na Esplanada), pois em termos de economia, tenho que fechar com o Mantega, que entende do assunto", disse. "Acho que vamos continuar a crescer, ainda que o problema maior seja crescer sem a ameaça da inflação. Hoje é o desafio maior, mas isso é com o Mantega".

Em relação ao mês passado, um ponto que contribuiu para que o resultado não fosse tão negativo em março quanto o verificado em março do ano passado, foi a redução do pagamento de precatórios de um ano para o outro. Em 2010, foram pagos cerca de R$ 3 bilhões e, em março de 2011, R$ 200 milhões. A perspectiva do ministério é de que, em maio, o montante volte para a casa dos R$ 3 bilhões novamente.

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