Economia

Decreto da Zona Franca gera prejuízo de R$500 mil por dia, diz indústria

Decreto de Bolsonaro amplia o benefício fiscal concedido a refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus, favorecendo grandes fabricantes

Refrigerantes: grandes fabricantes de refrigerantes, como a Coca-Cola, são favorecidas pelo decreto (Kirill KukhmarTASS/Getty Images)

Refrigerantes: grandes fabricantes de refrigerantes, como a Coca-Cola, são favorecidas pelo decreto (Kirill KukhmarTASS/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de julho de 2019 às 12h15.

Última atualização em 2 de julho de 2019 às 14h22.

Brasília — A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Brasileira de Bebidas reagiu nesta terça-feira, 2, ao decreto do presidente Jair Bolsonaro que vai ampliar o benefício fiscal concedido a concentrados de refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus. A medida favorece os grandes fabricantes de refrigerantes, como a Coca-Cola. Segundo o presidente da Frente, deputado Fausto Pinato (PP-SP), a decisão causará prejuízo de cerca de R$ 500 mil por dia a Estados e municípios.

Publicado nesta terça, o decreto mantém em 8% a alíquota do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) aplicada sobre o xarope de refrigerante produzido na Zona Franca de Manaus até 30 de setembro e amplia, posteriormente, para 10%, de 1º de outubro até 31 de dezembro de 2019.

Para o deputado, a perda na arrecadação se deve em razão do paradoxo tributário que beneficia as companhias estrangeiras que possuem sede na Zona Franca de Manaus, que conseguem reverter o IPI que deveriam pagar sobre o xarope de refrigerante em crédito tributário.

"Além de representar queda na arrecadação, a medida também atinge em cheio o setor nacional de bebidas, uma vez que amplia a disparidade existente na carga tributária que incide sobre os produtores de menor porte, causando retenção de investimentos, além de manter estagnada a criação de novas vagas de empregos", afirmou Pinato.

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