Copom: a Nomura também concorda que, após a decisão de elevar a Selic, o BC deve promover novo aumento de 0,50 ponto porcentual em novembro, para 10% ao ano (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 14h06.
São Paulo - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de não sinalizar uma postura mais "dovish" (suave) na reunião de quarta-feira, 9, que elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual e repetiu o comunicado do encontro anterior, é importante pois "fortalece a credibilidade do Banco Central e deve ter um impacto positivo nas expectativas de inflação".
A avaliação é do diretor de pesquisas para a América Latina da Nomura Securities, Tony Volpon, em comentário a clientes. Volpon acrescentou que a decisão vai na direção de quebrar o consenso de que existe um constrangimento político em levar o juro básico da economia brasileira para dois dígitos.
Segundo ele, os próximos desafios quanto à inflação, incluindo a normalização dos preços administrados, sugerem que o BC tem mais trabalho de aperto monetário a fazer de forma a atingir seu objetivo de uma desaceleração gradual da inflação em direção à meta (4,5%). Volpon disse ainda que a decisão de ontem indica que o BC enfrentará os desafios futuros.
O diretor da Nomura Securities concorda com a avaliação de que a elevação de 0,50 ponto porcentual do juro básico e manutenção do comunicado implica fortemente em que o BC deve promover novo aumento de 0,50 ponto porcentual em novembro, para 10% ao ano. "Nós ficamos com a visão de que a Selic será elevada para 10,25%", escreveu.