Economia

Criação de vagas nos EUA desacelera mais que o esperado em agosto

País também registrou fraco ganho salarial, que pode fazer com que o Fed fique cauteloso quanto a subir os juros neste ano

Emprego nos EUA: criação de vagas fora do setor agrícola chegou a 156 mil no mês passado, contra 189 mil em julho (./Reprodução)

Emprego nos EUA: criação de vagas fora do setor agrícola chegou a 156 mil no mês passado, contra 189 mil em julho (./Reprodução)

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Reuters

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 09h47.

Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 10h01.

Washington - A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em agosto, após dois meses consecutivos de altas fortes, mas o ritmo de crescimento deve ser mais do que suficiente para que o banco central do país anuncie um plano para começar a reduzir sua enorme carteira de títulos.

Entretanto, o fraco ganho salarial pode fazer com que o Fed fique cauteloso quanto a subir os juros neste ano. O Departamento do Trabalho informou nesta sexta-feira que a criação de vagas fora do setor agrícola chegou a 156 mil no mês passado, contra 189 mil em julho.

O salário médio por hora cresceu 0,1 por cento, ou três centavos, depois de avançar 0,3 por cento em julho, mantendo a alta na comparação anual em 2,5 por cento pelo quinto mês consecutivo.

A moderação de agosto no crescimento do emprego, que levou a criação de vagas para abaixo da média mensal de 176 mil vagas neste ano, provavelmente reflete fatores sazonais como a escassez de trabalhadores qualificados. Ao longo dos últimos anos, a contagem inicial de emprego de agosto tendeu a exibir um viés fraco, com revisões subsequentes mostrando força.

O departamento disse que o furacão Harvey, que devastou partes do Texas, não teve nenhum efeito "discernível" sobre os dados pois o desastre ocorreu após o período de pesquisa para o relatório de agosto. Os economistas disseram que a tempestade pode prejudicar os dados de setembro se as inundações persistirem.

A taxa de desemprego ficou em 4,4 por cento, ante 4,3 por cento antes. Os economistas entrevistados pela Reuters projetavam que o número de vagas abertas ficaria em 180 mil no mês passado.

Os avanço de agosto foi muito superior ao intervalo entre 75 mil e 100 mil empregos por mês necessários para acompanhar o ritmo de crescimento da população em idade de trabalhar.

Destacando a força do mercado de trabalho, a indústria criou 36 mil empregos, enquanto no setor de construção abriu 28 mil vagas no mês passado.

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