Economia

Crescimento do setor de serviços brasileiro enfraquece

PMI caiu para 51,0 em maio, ante 51,3 em abril, ainda acima do nível de 50 que separa crescimento de contração

Mulher com criança examina máquina de lavar em loja das Casas Bahia, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Mulher com criança examina máquina de lavar em loja das Casas Bahia, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 10h39.

São Paulo - O crescimento do setor de serviços brasileiro enfraqueceu ligeiramente em maio devido à desaceleração da expansão do volume de novos pedidos em relação ao mês anterior, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta quarta-feira.

O PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu para 51,0 em maio, ante 51,3 em abril, mas ainda permanecendo acima do nível de 50 que separa crescimento de contração.

"A atividade econômica geral no setor de serviços continuou a expandir a um ritmo lento, reforçando as preocupações com os riscos ao crescimento econômico em 2013", avaliou o economista-chefe de Brasil do HSBC, André Loes.

De acordo com o Markit, a entrada de novos trabalhos registrou expansão pelo nono mês consecutivo em maio, "embora modestamente" e ainda que tenha desacelerado em relação a abril, com aumentou em quatro das seis categorias de serviços monitoradas, lideradas por Transporte e armazenamento.

Cerca de 15 por cento das empresas monitoradas relataram níveis de produção mais altos, mas quase 11 por cento dos provedores de serviços indicaram atividades de negócios mais baixas em suas unidades.

A obtenção de novos contratos favoreceu o aumento do número de funcionários no setor de serviços pelo terceiro mês seguido, embora o ritmo tenha sido modesto com apenas 5 por cento dos entrevistados indicando aumento no número de funcionários. Segundo o Markit, 92 por cento indicaram ausência de mudanças.


Preços

Os preços pagos pelos insumos desaceleraram em maio para o nível mais fraco desde novembro de 2011, mas com relatos de custos mais elevados de mão de obra e matérias-primas. De acordo com o Markit, a competição mais acirrada impediu que as empresas repassassem aos clientes o total da carga da inflação de custos.

Como resultado, os preços cobrados cresceram ligeiramente apenas, ficando quase inalterados em relação a abril, com apenas cerca de 3 por cento dos entrevistados indicando aumento nos preços dos produtos em maio.

Os fornecedores de serviços brasileiros apontaram mais uma vez sentimento positivo, que se fortaleceu em relação a abril. Quase 36 por cento das empresas monitoradas preveem aumento da atividade no próximo ano, ante 2 por cento que esperam declínio.

"As previsões são de que uma demanda mais forte, uma ampliação de mercados e investimentos planejados vão impulsionar o crescimento daqui a doze meses", de acordo com o Markit.

Em maio, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas caiu 0,7 por cento na comparação com abril, mas ainda assim foi melhor em relação à queda de 1,8 por cento em abril.

A piora vista no PMI de serviços do Brasil acompanha a leitura do indicador para a indústria, que desacelerou em maio pelo quarto mês seguido.

Com isso, o PMI composto --que soma os resultados de ambos os setores-- teve queda para 51,2 em maio, ante 51,5 em abril, informou o Markit.

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